Caravana do Amor - Caminho e Direção
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Acometido de mal súbito, Clovis Tavares, valoroso batalhador da seara espírita, foi conduzido com urgência à Santa Casa de Misericórdia da cidade fluminense de Campos. Lá chegando, após consulta clínica inicial, o encaminharam ao Serviço de RX, onde, ao ser colocado à mesa de exame, sofreu parada cardíaca irreversível. Eram 17 h. e 50 min. do dia 13 de abril de 1984.
O nosso estimado confrade, além de Professor de História e de Direito Internacional Público, destacou-se como Jornalista e Escritor de grandes méritos.
Com perseverança admirável, atuou no setor assistencial, sendo fundador da Escola Jesus Cristo (Instituição Espírita de Cultura e Caridade), de Campos, e seu diretor doutrinário desde a fundação, em 1935; no jornalismo, colaborou sempre com vários periódicos espíritas; e na literatura, deixou-nos obras preciosas, tais como: “Vida de Allan Kardec para as Crianças”, “Amor e Sabedoria de Emmanuel”, “Trinta Anos com Chico Xavier”.
Agora, sete meses após sua desencarnação, temos Clovis Tavares de volta. Sim, pela psicografia de Chico Xavier, seu dileto amigo, ele escreveu longa carta aos entes queridos, na qual destacamos alguns pontos altos, tais como: sua experiência na Grande Viagem; o reencontro emocionante com o filho Carlinhos, e a visita feliz a uma Instituição similar àquela que fundou na Terra, com o mesmo nome, localizada numa cidade do Plano Espiritual, onde se reencontrou com um grupo numeroso de queridos companheiros, que atuaram, quando encarnados, no movimento espírita campista.
A seguir, a esclarecedora carta do Professor Clovis:
Querida Hilda, o Senhor nos inspire e abençoe.
É uma experiência nova. Falar de uma vida para outra.
Desejo esvaziar o coração, exteriorizando as saudades que me povoam a alma convalescente, mas as expressões me fogem da lembrança. Quero retomar a memória; no entanto, sinto-me na condição do cego devolvido à luz, ainda hesitando entre a sombra e a claridade. Perdoem-me se falo assim, mas não posso manifestar-me de outro modo.
Rearticulo as estruturas de minhas reminiscências do passado ainda presente, no hoje ligado ao ontem, e noto as diferenças que se operaram adentro de mim.
Torno a ver você pálida e espantada, a receber-me em seu colo, para que a minha cabeça repousasse. Refletia a consternação do ambiente e procurei em seus olhos e nos olhos do Flavinho algum esclarecimento que me habilitasse a compreensão para a realidade.
Não esperávamos que uma radiografia considerada simples pudesse estar próxima da parada que me fibrilou o coração. Buscava em você e no Flávio algo que me falasse, conquanto em silêncio, mas o corpo se via na condição da máquina cujo motor esmorecera. Compreendi, na oração muda que consegui formular, que o tempo me demitia da sua própria movimentação, entregando-me ao tempo de outro nível.
Sabia que o desamparo não existe e me rendi aos desígnios do Senhor, conquanto no íntimo quisesse persistir na tarefa. Era o fim de uma estrada para o reencontro de outra. Aqueles momentos breves me pareceram longas faixas de horas que eu não saberia contar. Notei que, embora hirto, no peito, o meu coração permanecia ligado a você e aos nossos filhos com estranha força. As lágrimas me subiram do íntimo para os olhos, quais mensageiras de minhas primeiras notícias; entretanto, eu não poderia escrever com elas tudo o que desejava dizer a você. Os meus agradecimentos se confundiam com as ansiedades que me tomavam de assalto.
Conquanto sentisse, desde alguns dias, a presença de pensamentos que me induziam a refletir no término de minha oportunidade na Terra, lutava contra a ideia de desistência. Afinal, você e eu estávamos em plenitude de trabalho e realização, nossos filhos iniciando a jornada no mundo e um enorme acervo de tarefas para nós inevitáveis. Ainda assim, era preciso dobrar a cerviz e aceitar os alvitres da Espiritualidade Maior que me chamavam a novos encargos.
Creia que não me foi fácil cerrar os olhos que eu mantinha acesos na ânsia de prosseguir vivendo, de modo a compartilharmos de todas as alegrias e vicissitudes que a experiência humana me pudesse ofertar. Percebi que as suas lágrimas me borrifavam o rosto e me conscientizei, de imediato, quanto às novas lutas que seríamos induzidos a facear.
Meu sono foi rápido. Quando me vi em outro recinto, notei que um rapaz me sustentava a cabeça, qual se lhe imitasse o carinho. Quando reconheci que me achava nos braços fortes de nosso Carlinhos, agora um homem vigoroso, senti que reencontrara não o nosso filho que aprendemos a amar tanto, e sim o aconchego da dedicação de um pai que me houvesse retirado de sua ternura de companheira para encaminhar-me com segurança.
O pranto me sufocou a garganta e não pude senão dizer: — “Ah! meu filho!”
Ele me colou mais extensamente ao peito viril, na ideia manifesta de fortalecer-me para a vida nova e observei que em nossa Escola querida encontráramos um novo berço de paz e amor. Chorei intensamente, dando vazão aos meus sentimentos; no entanto, Papai Vicente e os manos Aluízio e Nuno me ampararam, garantindo-me o impulso de me reerguer…
Não consegui verticalizar-me naquela hora; entretanto, antes que a minha roupa estragada pela morte fosse restituída à natureza, fui conduzido para fora do recinto que a amizade povoara de corações amigos e entes queridos… Os irmãos Aluízio e Nuno me deram as mãos e senti-me novamente leve, à maneira de ave que ensaia os primeiros voos, depois de reconhecer sua própria capacidade de volitação, e um leve torpor me induziu ao sono que senti como se estivesse à procura de pouso para o meu espírito inquieto.
De que modo viajei ao lado de Aluízio e do Nuno, sinceramente ainda não sei, mas a verdade é que, findo o ligeiro descanso, achava-me em companhia de meu pai e meus irmãos, que me aguardavam o refazimento e comecei o reavivamento dos meus conhecimentos e aptidões para o trabalho que se me reservasse. O abatimento que me invadira todos os recantos do corpo dominava o campo dos meus pensamentos…
Dias passaram sobre dias, até que eu pudesse identificar-me plenamente reintegrado em mim mesmo; no entanto, chegou o momento de revê-la, abraçar nossos filhos queridos e distribuir o meu afeto com irmãos de jornada em nossa Escola.
Certifiquei-me de que o nosso Rubens assumira o governo de nossa instituição e isso tranquilizou-me. As nossas recordações associadas umas às outras apresentavam largas somas de lágrimas; contudo, era preciso refazer a vida e repetir por dentro de mim as inesquecíveis palavras de Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Um novo caminho me buscou o espírito, cansado de perguntar, e rendi-me aos desígnios do Divino Mestre que me chamava para o trabalho ativo.
Meus dias se desdobravam nessas bases — saudades e tentames de ação edificante entre os dois mundos. Em companhia de familiares esperava as decisões que me fossem apresentadas pelos Mentores da Espiritualidade, a que nos subordinamos, quando agora, em outubro findo, fui convidado a visitar pela primeira vez a Escola Jesus-Cristo do Plano Espiritual, que funciona em sintonia com a nossa Escola de Campos. Em companhia do Aluízio e do Nuno, fui à reunião pública pela primeira vez. Tive conhecimento de que a instituição fora fundada por Nina, há quarenta e nove anos, e que estaria crescendo em serviço na 5ida Maior.
Timidamente, solicitei dos irmãos, pudesse, de minha parte, ganhar acesso à reunião, depois que a penumbra envolvesse todos os companheiros ali presentes, porque me sentia inadaptado e sem mérito algum para ser apresentado à pequena comunidade que ali se reunia… Entramos, ocupando três lugares que se enfileiravam.
Com surpresa, reconheci que o nosso amigo Virgílio de Paula era o regente do conjunto de preces que ali se dedicava às irradiações protetoras, em favor dos irmãos em maioria ainda convalescentes, ligados à instituição e arredores. A prece de nosso venerável irmão me tocou as fibras mais íntimas do sentimento. Ao término da alocução plena de amor que endereçava ao Senhor Jesus, comunicou à assembleia que, naquela noite, a Escola abrigava um novo companheiro que se vira afastado das tarefas no Plano Físico.
Até ali tudo seguia normalmente, mas quando meu pobre nome foi pronunciado, a luz se fez total no recinto e uma explosão de lágrimas me banhou a face. Terminara a realização da noite e os amigos vieram ao meu encontro. Achava-me atônito como se não estivesse perante à verdade e sim no campo dos sonhos, quando se aproximaram de mim o nosso Virgílio, que me ofertava os braços abertos; os nossos irmãos Marcolino Sudário do Amaral e o Dr. Alfeu Gomes, pioneiros de nossa Doutrina no mundo abençoado de Campos; o irmão Francisco Muylaert; antigos participantes de nossas reuniões primitivas na Rua do Mafra; amigos do Grupo João Batista; os nossos amigos 1nocêncio Noronha e D. Maria Cesarina; os nossos companheiros Aurino Tavares, Ceciliano; Belarmino Neves, João de Deus, que me lançava a bênção paternal; Antônio Pedro Nolasco; nossa inesquecível Dona Mariquinhas; Dona Petite; Amaro Costa Pinto; Auta de Souza, que me enlaçou com a ternura das mães abençoadas de Deus; os nossos amigos Ramiro Viana, Brasilino, Dona Maria da Conceição e até a Elzinha França, alicerce de nosso instituto, ali estava, ao lado de muitos irmãos outros que me acolhiam comovidos; Sr. Otávio e Dr. Rômulo Joviano me enlaçaram fraternalmente e não pude mais conter o pranto do servidor que regressava ao Grande Lar, de mãos vazias…
Este é um detalhe que transmito a você e consequentemente aos nossos filhos queridos, Flavinho, Luisinho, Margaridinha e Celsinho, esperando em Jesus que todos se conscientizem das nobres tarefas de que se acham investidos.
Peço ao nosso Rubens sustentar com firmeza de ânimo o nosso plano de trabalho, sem inovações e aventuras marginais que tantas vezes abalam os serviços doutrinários sem qualquer justificação.
A Escola Jesus Cristo é para nós uma bandeira que nos honra a existência aí no Plano Físico e no Plano Espiritual, e não podemos esquecer a afirmativa do Apóstolo Paulo, quando nos assevera: “Jesus Cristo é o vencedor de ontem, de hoje e para sempre”.
O mundo está agitado por lamentáveis convulsões de orgulho e vaidade que não sabemos em que calamidade terrestre se modificarão, e carregamos conosco o pendão do Evangelho que está muito longe de ser ultrapassado.
Querida Hildinha, sofro a nossa separação temporária, mas peço-lhe coragem e fé imbatível na Divina Misericórdia. Saudades tê-las-emos sempre. Aí chorava pelos que me precederam e aqui me aflijo pelos que ficaram. Creio que a saudade é o metro do amor, determinando os valores da evolução, já assimilados na vida de cada um de nós, e só pelo trabalho com a oração, venceremos. Unimo-nos aí para o desempenho de missão determinada. Esta incumbência segue em meio, conhecendo quanto lhe dói a ausência do companheiro, por vezes áspero e exigente, mas sempre leal e sincero. Não tema. O Senhor nos guiará para os caminhos de que necessitamos.
Muitos amigos que esperava reencontrar aqui estão aí recorporificados na Terra e por isso mesmo entendo que me cabe trabalhar mais e servir mais para merecer, de futuro, o reencontro com seu coração querido e com todos aqueles que se nos fazem objeto da maior afeição.
Agradeço aos companheiros que nos partilham o intercâmbio desta hora e formulo votos a Jesus pela saúde e paz, alegria de viver e bom ânimo para servir — dons de Deus que desejo a todos. De outros parentes e amigos traremos notícias oportunamente.
Agradeço ao nosso Rubens e a nossa estimada Suzana quanto fizeram nas lembranças de aniversário de nossa querida Escola. Sou grato a todos, sem especificar nomes, pela dificuldade de memorizá-los, o que me faria cair na omissão sempre indesejável.
A você, querida Hildinha, agradeço a dedicação aos encargos da Escola. Assiduidade e perseverança são estradas para o êxito nos empreendimentos que venhamos a abraçar. A sua presença na Escola é a minha própria presença.
Agradeço ao Flavinho a generosidade da companhia que se decidiu a fazer-nos e, porque não posso ser mais extenso, receba, querida Hilda, o próprio coração do seu pobre servidor e companheiro de ideal, sempre pobre, mas sempre seu
NOTAS E IDENTIFICAÇÕES
1 — Carta psicografada por Francisco C. Xavier, em reunião íntima realizada na residência do médium, em Uberaba, MG, na noite de 29/11/1984, estando presentes: Hilda Mussa Tavares, Rubens Fernandes Carneiro, Nely Fernandes, Suzana Maia Mousinho, Inaiá Lacerda, Weatker Batista e Zilda Batista.
2 — Hilda — Profa. Hilda Mussa Tavares, esposa, cooperadora na Escola Jesus Cristo (EJC), residente em Campos, RJ, à Rua Benta Pereira, 112. Seu valioso depoimento sobre a mediunidade de Chico Xavier integra o livro (F.C. Xavier, Emmanuel, Testemunhos Diversos, Rubens S. Germinhasi, IDEAL, S. Paulo, SP, pp. 65-72).
3 — Flavinho — Dr. Flávio Mussa Tavares, filho do casal, médico e cooperador na EJC.
4 — Conquanto sentisse, desde alguns dias, a presença de pensamentos que me induziam a refletir no término de minha oportunidade na Terra, lutava contra a ideia de desistência. — Como vemos, dias antes da desencarnação, Benfeitores Amigos já preparavam, com intuições premonitórias, o Espírito de Clovis para a Grande Mudança.
5 — Carlinhos — Carlos 5ítor Mussa Tavares, primogênito do casal. Desencarnou a 10/2/1973, após 17 anos de abnegado sofrimento. Pela psicografia de Chico Xavier, já enviou seis poesias de notável beleza e espiritualidade, sendo a primeira divulgada nos livros (F.C. Xavier, Elias Barbosa, Espíritos Diversos, CEC, Uberaba) e (F. C. Xavier, Clovis Tavares, Espíritos Diversos 1DE, Araras, SP).
6 — Escola querida — Escola Jesus Cristo, instituição fundada por Clovis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Com sede própria à Rua dos Goitacases, nº 177, em Campos, RJ, essa Instituição Espírita de Cultura e Caridade mantém os seguintes Departamentos e Serviços: Cenáculo de Lívia, Círculo de Oração Filipe Uébe, Coordenadoria das Equipes de Serviço, Coral Virgílio Paula, Creche Salvadora Assis, Culto de Assistência, Departamento de Assistência aos Necessitados, Departamento de Ensino, Departamento Feminino, Departamento Jurídico, Departamento Médico, Escolas Filiais (nos Bairros), Grupo Emmanuel, Livraria Cícero Pereira, Mocidade Espírita Maria Zenith Pessanha, Museu de Ciro, Serviço de Manutenção, Reparos e Vigilância.
7 — Papai Vicente — Vicente Vasconcelos Tavares, pai, desencarnado em 3/11/1959.
8 — Aluízio — Aluízio Tavares, irmão, desencarnado em 22/10/1961.
9 — Nuno — Nuno Tavares, irmão, desencarnado em 26/11/1976.
10 — Rubens — Dr. Rubens Fernandes Carneiro, advogado, Presidente da EJC e seu atual Diretor Doutrinário.
11 — inesquecíveis palavras de Josué — Js
12 — Escola Jesus Cristo do Plano Espiritual Após escrever sua carta, Clovis explicou ao médium Chico Xavier que esta Instituição fica situada na cidade “Nosso Lar”, quase na ponta da estrela que corresponde ao Ministério do Auxílio. Em torno da Escola existem muitas residências destinadas àqueles que nela trabalham. Complementando este esclarecimento, D. Hilda Tavares escreveu-nos, em atenciosa carta: “Chico marcou para mim no mapa do plano piloto da cidade “Nosso Lar”, do livro Cidade no Além, o lugar exato onde está localizada a Escola; revelando-nos que a tarefa lá é muito grande, com particularidade também de educar, além da assistência incansável a que se dedica.” (Ver Nosso Lar, F.C. Xavier, André Luiz, FEB e Cidade no Além, F. C. Xavier, Heigorina Cunha, Espíritos André Luiz e Lucius, IDE)
13 — Tive conhecimento de que a instituição fora fundada por Nina, há quarenta e nove anos — Nina Arueira, noiva de Clovis Tavares, desencarnou aos 19 anos, em 18/3/1935, tendo escrito uma novela inédita, Yanur e o livro Terceiro Milênio, hoje esgotado. Pela psicografia de Chico Xavier, já enviou belas mensagens, publicadas nos livros: Cartas do Coração [ — ], Dicionário da Alma e Tempo e Amor []. Foi a fundadora espiritual da Escola Jesus Cristo. Observa-se que ambas as Instituições, na Terra e no Além, foram fundadas no mesmo ano.
14 — Virgílio de Paula — Amigo de Clovis, 1º Presidente da EJC, foi também um dos maiores amigos de Nina Arueira, em cuja residência ela desencarnou. Hoje dá nome ao Coral da Mocidade dessa Escola. Desencarnou em 7/2/1960.
15 — Marcolino Sudário do Amaral — Precursor dos estudos espíritas em Campos, fundou, em 1880, a “Sociedade Campista de Estudos Espíritas”.
16 — Dr. Alfeu Gomes — Médico, pioneiro do Espiritismo em Campos, escreveu o livro Amor a Verdade.
17 — Francisco Muylaert — Também pioneiro do Espiritismo em Campos, foi co-fundador da “Sociedade Campista de Estudos Espíritas”.
18 — Rua do Mafra — Rua onde se localizou, primitivamente, a EJC, então Escola Infantil Jesus Cristo, na residência de D. Didi (D. Maria Madalena Oliveira), mãe de Nina Arueira.
19 — Grupo João Batista — Onde Clovis iniciou sua tarefa espírita em Campos. Posteriormente, esse Grupo integrou-se à EJC, então recém-fundada por Clovis Tavares.
20 — Inocêncio Noronha — Colaborador da EJC desde a sua fundação, até a sua, desencarnação em 13/3/1968.
21 — D. Maria Cesarina — Esposa de Inocêncio Noronha, também colaboradora da Escola.
22 — Aurino Tavares — Aurino Tavares da Silva, Guarda Municipal em Campos, foi um dos primeiros cooperadores da EJC. Desencarnado em 6/9/1952.
23 — Ceciliano — Ceciliano de Paula Moreira, antigo companheiro da EJC.
24 — Belarmino Neves — Belarmino Gomes Neves participou do Grupo João Batista.
25 — João de Deus — (1830-1
896) — Renomado poeta português, é um dos Mentores Espirituais da EJC. Pela psicografia de Chico Xavier escreveu: Jardim da Infância (FEB) e belas páginas poéticas incluídas em vários livros, tais como: (FEB), (FEB), (IDE).
26 — Antônio Pedro Nolasco — Foi cooperador da EJC. Seus filhos militam no Espiritismo em S. Fidélis e Niterói, cidades fluminenses.
27 — Dona Mariquinhas — D. Maria dos Anjos, portuguesa, incansável cooperadora da EJC foi uma das fundadoras do Serviço da Sopa e da Costura dos Pobres. Desencarnada em 11/7/1983.
28 — Dona Petite — D. Antônia Ribeiro Bueno, inesquecível cooperadora da EJC, desencarnada em 15/5/1969.
29 — Amaro Costa Pinto — Mais um valoroso cooperador na Escola em sua primeira hora.
30 — Auta de Souza — (1876-1
901) — Poetisa norte-riograndense, deixou um livro, Horto, prefaciado por Olavo Bilac e Tristão de Ataíde. Pela psicografia de Chico Xavier, seu Espírito já escreveu numerosas páginas poéticas de sublime espiritualidade, publicadas em vários livros, sendo Auta de Souza (IDE) uma obra parcialmente antológica, organizada por Clovis Tavares.
31 — Ramiro Viana — Ramiro Martin Viana, outro companheiro do início da EJC. Fundou o Grupo Allan Kardec, em Campos. Desencarnou em 26/7/1981. Suas três primeiras cartas, enviadas pelo médium Chico Xavier, integram o livro (IDE).
32 — Brasilino — Brasilino Soares, diretor da Escola Apóstolo André, em Atafona, RJ, filial da EJC, desencarnado em 5/7/1967.
33 — Dona Maria da Conceição — Residiu em Pedro Leopoldo, MG, berço de Chico Xavier, visitada por Clovis toda vez que ia a esta cidade, juntamente com Chico. Morava num bairro pobre chamado Lapinha. (Ver Trinta Anos com Chico Xavier)
34 — Elzinha França — Este espírito é a mesma criança recém-nascida encontrada em uma favela, pelos jovens da Mocidade Espírita de Campos (da EJC), e que veio a desencarnar alguns dias mais tarde, apesar dos cuidados de médicos e amigos, inclusive de Clovis. Passou a ser a patrona das aulas de Evangelho para crianças na Escola. Foi posteriormente identificada pela mediunidade de Chico Xavier como um espírito de luz.
35 — Sr. Otávio — Otávio Chrisóstomo de Oliveira, companheiro e benfeitor da EJC, desencarnado em 14/1/1965.
36 — Dr. Rômulo Joviano — Administrador da Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, onde Chico Xavier trabalhou sob sua chefia. Confrade e amigo de Clovis.
37 — Luisinho, Margaridinha e Celsinho — Luís Alberto, médico; Margarida Maria Tavares Gomes, arquiteta; e Celso Vicente, professor de História — todos cooperadores da EJC.
38 — “Jesus Cristo é o vencedor de ontem, de hoje e para sempre” — Hb
39 — Suzana — Suzana Maia Mousinho, confreira do Rio de Janeiro, sempre convidada pelo Clovis para as comemorações de aniversário da Escola.
40 — Clovis — Sebastião Clovis Tavares, nasceu em Campos, RJ, a 20/1/1915. Embora diplomado em advocacia, pela Faculdade Nacional de Direito, em toda sua vida dedicou-se ao magistério. Autor dos livros: Sementeira Cristã (3 volumes), FEB; Vida de João Batista, Ed. do G. E. João Batista, de Campos; Os Dez Mandamentos, LAKE; Vida de Pietro Ubaldi, LAKE; Histórias que Jesus contou, LAKE; Vida de Allan Kardec para as Crianças, LAKE; Meu Livrinho de Orações, LAKE; Trinta Anos com Chico Xavier, IDE; Amor e Sabedoria de Emmanuel, IDE; Tempo e Amor (em co-autoria com Francisco C. Xavier e Espíritos Diversos), IDE; e De Jesus para os que Sofrem, IDE. Ainda não editados: Didática do Evangelho e Mediunidade dos Santos. Traduziu diversos livros de Pietro Ubaldi, entre os quais: Grandes Mensagens, As Noúres, Ascese Mística.
41 — DEPOIMENTO DA FAMÍLIA — Esta carta mediúnica foi divulgada pelos familiares do Prof. Clovis, em impresso bem confeccionado, que apresentou notas explicativas, nas quais, com a devida e gentil autorização deles, nos baseamos para elaborar estas “Notas e Identificações”. Ao identificar Chico Xavier, a família prestou este expressivo depoimento:
“Francisco Cândido Xavier, amigo íntimo de Clovis, desde 1935, presidente honorário da Escola Jesus Cristo, consagrado médium de nosso país e cuja amizade a Clovis transcende o plano físico, o tempo e alcança os horizontes ilimitados da eternidade.
Nossos corações voltados para Deus rogam ao Senhor Supremo que conceda ao nosso Chico as bênçãos de Seu Amor pela mediunidade-missão que vem vivendo há mais de 50 anos e pela autenticidade que, nós familiares de Clovis, confirmamos estar envolvendo todo o teor da mensagem ora publicada. As palavras, a construção das frases, com propriedade e humildade, as recomendações sempre oportunas, o amor e a obediência a Jesus e a fidelidade à Doutrina, que marcaram a existência de Clovis, transparentes na mensagem recebida por Chico, confirmam sua veracidade. Os nomes históricos, as circunstâncias da desencarnação que Chico desconhecia, os últimos momentos na Terra, tudo isso nos tocou profundamente, como não poderia deixar de ser e a Escola Jesus Cristo hoje, apesar da ausência de nosso orientador, se ajoelha diante do Mestre para rogar por Chico e por Clovis as bênçãos da alegria do dever bem cumprido. Como Clovis mesmo dizia: “Eu sei em quem tenho crido e guardo a certeza de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até o dia final.” (2tm
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Josué 24:15
Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais: porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
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Hebreus 13:8
Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
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II Timóteo 1:12
Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.
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