Caridade - o Alimento do Corpo e da Alma

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Capítulo XVI

Dia e noite


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Recorda que a tua noite é a continuação do teu dia.

Repousado o veículo denso — o corpo a que te junges —, o viajor, que és tu mesmo, prossegue na romagem constante das horas.

E não te faltarão companheiros na sombra, a copiarem perfeitamente os companheiros que preferes perante a luz.

Se malbaratas o tempo em conversações infelizes, decerto avançarás, treva a dentro, intoxicando a ti mesmo com o verbo envenenador.

Se te comprazes no vício, cerradas as janelas da visão na carruagem carnal, identificarás, junto de ti, quantos se alimentam à mesa do vampirismo.

Se te confias à cólera e à agressividade, tão logo te retires do campo físico partilharás o pesadelo dos que se nutrem de ódio e perseguição.

Se te agrada a ideia de enfermidade, em cujas teias te conformas, sem qualquer resistência, em favor do trabalho que te redimiria a imaginação, assim que te afastas do corpo, à influência do sono, entrarás na companhia deplorável de doentes do espírito, que fazem da inércia a sua razão de ser.


Vale-te do dia para criar valores novos e substanciais que te enriqueçam a vida.

Lembra-te de que nossos laços inferiores com o passado não jazem de todo extintos e numerosos desafetos de ontem nos espreitam a invigilância de hoje para reconduzir-nos a novas flagelações amanhã e quase todos aguardam a escuridão para multiplicar apelos delituosos e sugestões infelizes.

Saibamos conquistar a noite, aproveitando os recursos do dia para estender o bem, porque no símbolo do sol e da sombra temos a imagem de vida e da morte, dependendo de nós mesmos fazer da existência um cântico de beleza e harmonia, fraternidade e trabalho, para que o término de nossas tarefas represente abençoada renovação.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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