Cartas do Alto
Versão para cópiaHipnotismo e Espiritismo
A pretexto de deslustrar a Doutrina Espírita, existem hoje vários amigos do sarcasmo dispostos a ridicularizar-nos os princípios, utilizando comezinhos fenômenos de hipnotismo comum.
Bufoneando em assuntos sérios, procuram desacreditar as ocorrências medianímicas, ignorando, deliberadamente, que todos os acontecimentos religiosos nelas se encontram seguramente fundamentadas; e insuflam a hipnose em sensitivos vulgares, através da qual efetuam representações ostentosas, que impressionam expectadores desprevenidos ou ignorantes pelo sabor de escândalo e comicidade com que as levam à cena.
Surgem, assim, pessoas que, no sono provocado, sofrem o império da sugestão e, em atitudes burlescas, imitam artistas célebres, experimentam alucinações visuais e auditivas, repetem movimentos automáticos, copiam vozes e gestos dos animais ou satisfazem determinações pueris, quando não sejam criaturas previamente instruídas para o lançamento desse ou daquele jogo de impressões, com vistas à fascinação popular.
Recordemos — vede bem — que essa é a técnica das inteligências sombrias, que se transformam em obsessores e vampiros da Terra, convertendo a mediunidade potencial em triste instrumento da perturbação e da treva. Prevalecem-se de forças mentais aviltadas para conturbar e anestesiar as consciências humanas, favorecendo a irresponsabilidade e alentando a viciação, endossando a delinquência e retardando o progresso.
Saibamos, no entanto, opor o bem ao mal, a brandura à violência, o amor ao ódio, o silêncio à balbúrdia, com o perdão incondicional aos ataques de qualquer natureza, rogando a bênção de Deus, nosso Pai de Infinita Bondade, para todos os cultivadores da injúria, que não vacilam em desrespeitar a fé alheia, atirando-Lhe calhaus de ironia, porque a Doutrina Espírita, longe de ser motivo para galhofa, é a Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, que esteve também, com a aprovação dos principais de seu tempo, entre perseguidores risonhos, nos braços frios da cruz.
Reformador — Junho de 1959.
Segundo consta do original, a mensagem foi recebida psicofonicamente, em 01/04/1959, no Centro Espírita Casa do Cinza, em Uberaba. Minas Gerais.
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