Cartas do Alto

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Capítulo XXVI

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Seja onde for, não te esqueças:
Nos desacertos da Terra,
A bondade ganha sempre,
A prudência nunca erra.

Doutrina, aviso e conselho,
Dentro de casa ou no templo,
Só valem quando mantidos
No clima do bom exemplo.

Trabalha, sofre, vigia…
Olha o mar do imenso mundo!
Quem não aprende a nadar
Acaba descendo ao fundo.


Ajudar é dom de todos
Que a tantos a vida consente,
Mas prosseguir ajudando
É obra de pouca gente.


Muito luxo, muita festa,
Muito aplauso e muito vinho
São nevoeiros dourados
Para ensombrar o caminho.


Recorre, em tudo, à bondade
Que adore, ilumine e abrande.
Quando o cântaro é vazio,
O barulho é muito grande.


Garantindo a própria paz,
Levanta-te, serve e escuta.
A luta pede vitória,
A vitória pede luta.


Se aspiras a triunfar,
Maneja as armas do amor.
Jesus, cansado e vencido,
Foi o grande vencedor.





Reformador — Junho de 1962.


Segundo consta do original, os versos foram recebidos em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 10/02/1962, em Uberaba, Minas Gerais.


Estrofe também publicada no jornal O cristão espírita, órgão de divulgação doutrinário-evangélica da Casa de Recuperação Bezerra de Menezes, no Rio de Janeiro, capital, em sua edição de abril / maio de 1995, (página 1). Disponível em: . Acesso em 20 junho 2017.



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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