Cartas do Alto
Versão para cópiaIdeia de mistificação
Maria Dolores, irmã e amiga, muita paz ao teu coração. Sentimos a confiança de teus apelos e aqui nos achamos para o serviço da boa vontade.
Não somos orientadores e sim irmãos em luta na superação de nossas próprias fraquezas e, por isso, não pretendemos orientar nem conduzir.
Companheiros de muitas jornadas, somente buscamos na atualidade o reajuste de nós mesmos na construção que nos compete realizar.
Cultiva a tua mediunidade, com devotamento e carinho, na tarefa do bem que te foi conferida. Usa-a à maneira do lavrador consagrado à terra, quando identificado com a charrua que lhe garante o alimento e a prosperidade.
Não te detenhas na rede dos “porquês” — escura trama que, na maioria das vezes, inutiliza preciosos trabalhadores.
Confia-te ao bem dos que te buscam, convencida de que te não faltará o suprimento da Bondade Divina.
A indagação será oportuna ou valiosa no homem que se devota ao labor simplesmente intelectual, sem qualquer intercâmbio com o sentimento, mas para nós, operários do coração, as perguntas e divagações redundam sempre em deplorável perda de tempo.
Acendamos a luz da prece e atendamos ao próximo necessitado, onde formos convidados a servir.
Mediunidade, minha amiga, quando ajustada à Boa Nova, é trabalho com Jesus. Não importa que o fenômeno convença. É necessário, acima de tudo, que a nossa vontade permaneça vigilante para auxiliar e aprender, incessantemente, com o nosso Mestre e Senhor. Jamais menosprezemos os talentos da hora — cada minuto é semente divina que podemos projetar ao solo da vida na direção da seara de alegria porvindoura.
De todos os ministérios de socorro existentes no mundo, observamos na mediunidade um dos maiores e mais sublimes, porque, em muitas ocasiões, bastam uma prece fervorosa e uma palavra sincera para estancar muitas lágrimas e aliviar muitas dores.
Não permitas que a ideia de “mistificação” te perturbe o serviço purificador. Quando nos achamos em ação na verdadeira caridade, o engano não existe, porque diante de nossa fragilidade, se podemos encontrar a honra de ser úteis, claro está que só a Bondade Divina, através de seus abnegados mensageiros, poderá mobilizar-nos para engrandecimento do bem comum.
Muitas vezes, quando hesitamos sobre a autoria das realizações mais nobres a pretexto de garantir a nossa sinceridade, estamos, simplesmente, adiando a felicidade dos outros, aumentando o sofrimento e a aflição em torno dos nossos passos.
Entreguemo-nos a Jesus e trabalhemos sem repousar. Que ele nos movimente e nos guie de acordo com os seus sábios propósitos, com o esquecimento de nossos caprichos individuais. Procedamos assim e estejamos convictos de que buscando a vontade do Senhor estaremos cooperando em favor de nós mesmos, hoje e sempre.
Reformador — Maio de 1978.
Consta do original que: “a mensagem foi recebida (…) para a médium baiana , quando de sua visita ao Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, na noite de 14/04/1952. Há anos desencarnada, tem essa delicada entidade ditado belos poemas de fé e resignação por médiuns.”
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 69.
Para visualizar o capítulo 69 completo, clique no botão abaixo:
Ver 69 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?