Cartas do Alto

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Capítulo VII

Linhas de Umbanda

O problema dos trabalhos umbandistas é um problema palpitante em nosso movimento e não devemos esquecer a nossa obrigação de procurar os ascendentes do bem nesse ou naquele campo de nossas atividades doutrinárias. Naturalmente que, Umbanda e nós outros, todos somos necessitados de ensinamento, de proteção, de amparo, de renovação espiritual com Jesus Cristo. E quanto a menosprezarmos o esforço desses nossos irmãos que ainda se situam nas linhas de Umbanda precisamos considerar que o fenômeno espírita, aí dentro, é uma expressão genuína das verdades que estamos recebendo do Além.

O trabalho de Umbanda, quando orientado para a caridade, também não deixa de ser louvável.

Pelo que diz respeito aos impositivos da educação, simbolizemos o Espiritismo como sendo um Estado. Ora, o Estado é constituído de diversas províncias ou de diversos distritos. Encontramos em Umbanda uma província do Espiritismo, necessitada de carinho e de proteção da força governamental e orientadora. Se nós, a pretexto de sermos puros, a pretexto de sermos mais bem orientados que os outros, desampararmos os irmãos que necessitam da nossa boa vontade, naturalmente que o nosso serviço estará pecando pela base.

Assim, não vemos motivo para nos escandalizarmos com as linhas de Umbanda, e sim um imperativo de trabalho, de cooperação, de maior entendimento e de maior manifestação de amor da nossa parte.




Reformador — Julho de 1953.


Segundo consta do original, a mensagem foi transmitida por audiência a Chico Xavier, que, por sua vez, a retransmitiu ao Dr. Agnelo Morato, da cidade de Franca, no Estado de São Paulo, que a registrou em gravação, em resposta a uma pergunta sua sobre Umbanda.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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