Cartas do Coração

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Capítulo XI

Perante a morte


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Cai a sombra da morte no caminho

Mas, ao invés da triste noite escura,

Surgem na madrugada de ventura

Novo céu, nova estrada, novo ninho.


Não mais o doloroso torvelinho

Nem a aflição da carne que tortura:

— Voa a alma livre à luz risonha e pura,

Embriagada de celeste vinho.


Para quem guarda o bem, para quem lida,

Procurando Jesus em toda a vida,

A morte é doce prêmio à longa espera.


A sepultura em treva, angústia e pranto,

Descortina o reinado sacrossanto

Da Eterna Paz, na Eterna Primavera.




Astrolábio Querido
Francisco Cândido Xavier


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