Cartilha da Natureza

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Capítulo XXII

O aguilhão


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Na esteira da confusão,

Há perigo, o carro empina.

São golpes de bois madraços

Em horas de indisciplina.


Avançam, rumo ao barranco,

Atiram-se à revelia,

São cegos à estrada enorme

E surdos à voz do guia.


O carreiro vigilante

Atende à situação:

Na canícula dourada

Vibram golpes de aguilhão.


À custa de esforço ingente,

A poder de ferroada,

A ordem volta ao serviço,

A harmonia volta à estrada.


Há revolta momentânea

Nos bois rudes, a tremer,

Mas, a bem da paz de todos,

Cada qual cumpre o dever.


E o carro prossegue firme,

Sem desvios, sem parar,

Buscando os objetivos

Que, por fim, deve alcançar.


Na Terra, também é assim:

Nas sendas de redenção,

Todo homem necessita

Estímulo à própria ação.


No lar, como no trabalho,

Desde o berço até a morte,

A criatura precisa

Aguilhões de toda sorte.


Muita gente fala deles

Com desespero e com asco;

Mas, Jesus santificou-os

No caminho de Damasco.


Obedece a Deus e passa,

Vive sempre atento a isto:

Todo aguilhão que te fere

É bênção de Jesus-Cristo.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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