Cartilha da Natureza

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Capítulo XLIV

A lavadura


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Pelo bem da roupa limpa

Não se esqueça a criatura

Dos serviços que custou

O esforço da lavadura.


Raramente se recorda,

Na tarefa rotineira,

O trabalho, o sacrifício

Do campo da lavadeira.


Porque; em verdade, a tarefa

Inclui disciplina e dores,

Não se lava roupa suja

Usando perfume e flores.


Por limpar-se no caminho

Necessário à experiência,

Não foge à imersão completa

Nas águas da Providência.


Não dispensa o gosto amargo

Do concurso do sabão,

Alijando-se a bagagem

De sujidade ou carvão.


Passado o atrito da esfrega,

Que impõe cansaço e aspereza,

Transporta-se ao coradouro,

Apurando-se a limpeza.


Depois, é a volta bendita

À água cariciosa,

Que atende à saúde humana,

Com bênçãos de mãe bondosa.


Qualquer recurso ao lavar,

Com sabão ou corrosivo,

Requisita paciência,

Vigilância e esforço ativo.


O serviço dessa ordem

Faz lembrar ao pensamento

A lavadura precisa

Às roupas do sentimento.


Vivamos tranquilamente,

Sem olvidar, entretanto,

Que nossa alma necessita

Lavar-se em suor e pranto.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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