Cartilha da Natureza

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Capítulo L

A porteira

Enquanto a cerca trabalha,

Organizando a divisa,

A porteira se encarrega

Da tolerância precisa


O caminho generoso,

Defendido em cada lado,

Não pode ser confundido,

Nem deve ser perturbado.


Quem organiza, porém,

O esforço de vigilância,

Pode, às vezes, ser levado

A gestos de intolerância.


A rigidez na fronteira,

Tendendo para o egoísmo,

Encontra a porteira sábia

Que opera contra o extremismo.


Nas praças, como nos campos,

Ela ensina, com carinho,

Que a propósitos sagrados

Não se nega o bom caminho.


A cerca defende a ordem

Dominando o que é contrário,

Mas a porteira bondosa

Atende ao que é necessário.


Há pessoa aflita e triste

Que precise providência?

Ei-la pronta a qualquer hora,

E atende com diligência.


Animais ao abandono?

Necessidades de alguém?

Expõe com simplicidade

A sua missão no bem.


E com calma superior,

Humilde e silenciosa,

Completa o serviço amigo

Da cerca criteriosa.


Vivem no mundo almas nobres,

Torturadas de aflição,

Porque lhes faltam porteiras

Nos campos do coração.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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