Cartilha da Natureza

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Capítulo LVIII

O ribeiro


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Entre os bens da Natureza,

Tem o homem, cada dia,

No ribeiro claro e manso

Lições de sabedoria.


Ei-lo que passa sereno,

Em doce fidelidade,

Dá vida aos paióis do campo,

Conforta e limpa a cidade.


Busca as terras desprezadas

Que nunca tiveram dono,

Atende as raízes tristes,

Deixadas ao abandono.


Converte toda tarefa

Num dom gratuito e suave,

Mata a sede da serpente,

Como o faz à flor e à ave.


Cumprindo o labor de sempre,

Nunca cessa de correr,

Ensina a perseverança,

Exemplifica o dever.


Se a chuva lhe traz a enchente,

Vai além da obrigação,

Busca a terra deserdada

E lhe ensina a dar mais pão.


É tão sereno e bondoso,

Tão amigo e tão perfeito,

Que não se nega ajudar

A mão que lhe muda o leito.


O ribeiro carinhoso

Não cessa de trabalhar,

Parece o semeador

Que saiu a semear.


E vendo que Deus é o dono

Das sementes multifárias,

Nunca volta no caminho

A contas desnecessárias.


Ao homem do mundo inquieto,

O ribeiro calmo ensina

Como agir e confiar

Na Providência Divina.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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