Cartilha da Natureza

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Capítulo LX

O lago


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Todo lago tem seu nível.

Qualquer um, raso ou profundo,

É patrimônio a dispor

Na tábua dos bens do mundo.


A questão toda é saber,

A golpes de paciência,

Utilizar-lhe os proveitos

Com bondade e inteligência.


Diversos homens acusam

As águas estacionadas,

Como poços enfermiços

De forças envenenadas.


Mas, como tudo na Terra,

O lago pede, também,

A compreensão de seus donos

Na lei que edifica o bem.


Se recebe o seu auxílio,

Retribui toda a atenção,

Dando vida e movimento

Aos quadros da Criação.


Se alguém lhe defende as águas,

Protegendo-lhe a limpeza,

É um espelho cristalino

Na estrada da Natureza.


De dia, trabalha e dá,

Sob os ventos generosos;

De noite, reflete a luz

Dos astros cariciosos.


Mas, a fim de ser mantido

No esforço nobre e fecundo,

É bom que ninguém lhe agite

O lodo que está no fundo.


O lago retrata a vida

Nos quadros em que repousa.

Todo homem tem seu nível

Para o bem de alguma coisa.


Um a um, pedem respeito

Aos seus níveis de existência,

Pois todos guardam consigo

O lodo da experiência.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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