Cartilha da Natureza

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Capítulo LXXXIII

A vidraça

Quem saiba ver nos caminhos

A luz, a beleza, a graça,

Não foge à contemplação

Do símbolo da vidraça.


Existe em tamanhos vários,

Mostrando serviço e arte,

Satisfazendo ao conforto

Quase sempre, em toda parte.


Prestativa, atenciosa,

O homem não lhe traduz

A função maravilhosa

De abrir novo campo à luz.


Espelho caricioso

De muita delicadeza,

Seu esforço no trabalho

Tem enorme sutileza.


É que em todos os lugares,

Frente ao mesmo sol de amor,

Dá caminho à claridade,

Mas, conforme a própria cor.


Se vermelha, o apartamento

Guarda-lhe em tudo o matiz,

Parecendo cada coisa

Engrinaldada a rubis.


Se verde, a casa parece

De verdura peregrina;

Se azulada, é a cor do céu

Que se dilata e domina.


Na expressão do colorido,

Tem seu símbolo de escol,

Pois se o vidro é multicor,

Todo o sol é o mesmo sol.


Quem não percebe aí dentro,

Sem grandes indagações,

O Divino Amor de Deus

E as várias religiões?!…


Deus é sempre o mesmo Pai

Que ilumina, cria e sente:

Mas o homem o recebe

De acordo com a própria mente.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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