Cartilha da Natureza

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Capítulo LXXXV

O pão


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Em casa, chega o momento

Destinado à refeição…

Raro aquele que recorda

A história de luz do pão.


Quase sempre, vem de longe,

Das zonas do campo em flor,

Oferecer-se à criatura

Em nome do Pai de Amor.


Foi semente sepultada

Na terra ferida e escura,

Ressuscitando em seguida

Nas belezas da verdura.


Suportou lutas amargas,

Noites ásperas, sombrias,

Recebendo chuva e sol,

Tempestades, ventanias.


Adornou-se em primavera,

Risonha, sublime, eleita,

E entregou-se alegremente

Ao segador na colheita.


Padeceu processos vários,

Viveu peregrinações,

Desde a ceifa rude e longa,

Ao prato das refeições.


Conforme reconhecemos,

Esse pão, quase sem nome,

É dádiva do Criador

Que vem mitigar a fome.


Mensageiro humilde e santo

De carinho e de bondade,

É o laço entre a Providência

E a nossa necessidade.


O amor e a abnegação

Resumem-lhe a bela história;

O espírito de serviço

É a vida de sua glória.


Coração que sofre amando

Na fé sublime e sem jaça,

Vai ser pão na Mesa Augusta

Dos Bens da Divina Graça.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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