Chico Xavier - Dos Hippies aos Problemas do Mundo

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Capítulo XI

Nóbrega e congelamento de corpos vivos

— Chico, enquanto o Saulo se prepara para formular a segunda pergunta do telespectador do auditório, formulo duas perguntas de telespectadores que endereçaram cartas e outro que telefonou há instantes. Américo Bastos diz que você repetiu duas vezes já que Emmanuel o chefe dos seus guias espirituais está presente. Ele quer que você confirme ou desminta se é exato que Emmanuel foi em vida o padre Manuel da Nóbrega.

— Ele sempre confirmou isso. E dou disso testemunho. Creio mesmo que a minha presença junto deste auditório dentro da minha pequenez, se deve a ele e à missão apostólica que ele sempre desempenhou no Brasil, desde os primórdios da nossa formação como nacionalidade e desde as primeiras fundações de S. Paulo, devo a ele a minha presença aqui, a ele que tanto tem amado o nosso País e cujo coração está sempre voltado para São Paulo, de onde ele recebe tanto amor e território da nação a que ele consagra, igualmente, tanto carinho. Aceito plenamente, convictamente, a revelação dele mesmo, de que foi o padre Manuel da Nóbrega, companheiro do grande Anchieta.


— E Anchieta, onde estará? E o Padre José de Anchieta, onde estará?

— Ao que sabemos, no mundo espiritual.


— Permita uma observação rápida e histórica.

— Pois não.

— Eu escrevi um livro sobre Anchieta, que obteve inclusive um prêmio das comemorações nacionais de Anchieta e tive a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manoel da Nóbrega, aquelas assinaturas antigas, Ermano Manuel ou E. Manuel e tive ocasião inclusive de xerocopiar essa assinatura e encaminhá-la a Chico Xavier, dada a identidade que se apresentava entre Manuel da Nóbrega, que se assinava Emmanuel.

— E eu pergunto a você, Chico, ainda falando em Manuel da Nóbrega. É exato, que certa ocasião, há muitos anos, ele o conduziu ao pátio do Colégio e dali mostrou então a você, assim, uma visão panorâmica do que seria o São Paulo de hoje? [Vide: ]

— Sim, é verdade. Ele nos convidou a irmos até o pátio do Colégio, onde ele, muitas vezes, orou — afirma ele — pedindo a Deus abençoasse o chamado Planalto Piratiningano, esperando que, naquelas campinas que se alongavam aos olhos dele, nascesse a grande metrópole que é hoje a Grande São Paulo.


— Muito bem. Chico, Valter de Matos Correia pergunta: a ciência biológica tem cogitado da possibilidade de se congelar o ser vivo humano ou animal e depois de passado algum tempo fazê-lo voltar à vida. Considerando a intrincada rede de ligações existentes entre o perispírito e o corpo físico, perguntou: se à luz do espiritismo isto seria possível. O Espírito ficaria adormecido durante o congelamento ou esse determinaria a imediata ruptura dos laços fluídicos vitais?

— Segundo as instruções dos nossos benfeitores espirituais, se essa criatura está com a sua vida orgânica assegurada por métodos científicos, naturalmente que o Espírito está mais ou menos relativamente ligado ao corpo, em atividade ou mais ou menos em posição de inércia, conforme o grau de elevação de que esse Espírito seja portador.


— Fica mais ou menos assim de plantão, aguardando o desfecho.

— Aguardando e como num desdobramento em que a criatura trabalha muitas vezes fora do corpo, esse Espírito poderá também estar desempenhando alguma tarefa. Se ele está realmente ligado ao corpo congelado…



Francisco Cândido Xavier


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