Chico Xavier e suas Mensagens no Anuário Espírita
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Os Espíritos benfeitores já não sabiam como atender à pobre senhora obsidiada.
Perseguidor e perseguida estavam mentalmente associados à maneira de polpa e casca no fruto.
Os amigos desencarnados tentaram afastar o obsessor, induzindo a jovem senhora a esquecê-lo, mas debalde.
Se tropeçava na rua, a moça pensava nele…
Se alfinetava um dedo em serviço, atribuía-lhe o golpe…
Se o marido estivesse irritado, dizia-se vítima do verdugo invisível…
Se a cabeça doía, acusava-o…
Se uma xícara se espatifasse, no trabalho doméstico, imaginava-se atacada por ele…
Se aparecesse leve dificuldade econômica, transformava a prece em crítica ao desencarnado infeliz…
Reconhecendo que a interessada não encontrava libertação por teimosia, os instrutores espirituais, ligaram os dois — a doente e o acompanhante invisível — em laços fluídicos mais profundos, até que ele renasceu dela mesma, por filho necessitado de carinho e de compaixão.
Os benfeitores descansaram.
O obsessor descansou.
A obsidiada descansou.
O esposo dela descansou.
Transformar obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para que haja paz nos corações e equilíbrio nos lares, muita vez, é a única solução.
(Anuário Espírita 1966)
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