Chico Xavier e suas Mensagens no Anuário Espírita
Versão para cópiaDinheiro parado
Dinheiro que chega em paz, Que as leis do bem não transgrida, É sempre bênção de Deus No passo de nossa vida. Se não é posto em capricho Nem vive parado em vão, É sangue para o trabalho, Apoio da educação. Além disso pode ser, Nas lides da toda idade, O doador da esperança E a base da caridade. Dinheiro do amor fraterno, Luz e consolo a caminho, Amparo do coração Que segue triste e sozinho… Dinheiro, porém, na tranca, Inútil, conosco, a sós, Dinheiro desempregado Costuma fugir de nós. Confirmando o que observo, Na presunção de estudar, Registro a pequena história Que peço para contar: Grande sovina o velho Nico Frota, Para seguir na prática da usura, Só comia mingau com rapadura E morava no mato da Marmota. Dormia num colchão de palha e nota. Mas chorava: “Ah! Meu Deus, a vida é dura!… Se eu não andasse preso na pendura, Não vivia sofrendo aqui na grota!…” Certa noite, Nhô Nico, à luz de vela, Recontava o tesouro na gamela, Quando o fogo caiu na papelada… Ele debalde corre, grita e clama!… Num momento, contudo, a dinheirama Era só labaredas, cinza e nada… |
(Anuário Espírita 1970)
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