Chico Xavier - O Primeiro Livro

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Capítulo XXXV

Capítulo XXXV


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Alma humana, alma humana, tu que dormes

Entre os grandes colossos desconformes

Da carne, essa voraz liberticida,

Desse teu escafandro de albuminas,

Em tua mesquinhez não imaginas

A intensidade esplêndida da Vida!


Inda não vês e eu vejo panoramas

De luz em gigantescos amalgamas

De sóis, nas regiões imensuráveis,

Auscultando os espaços mais profundos

Na sinfonia harmônica dos mundos,

Singrando a luz de céus incomparáveis.


Do teu laboratório de arterites,

De gangliomas, úlceras, nevrites

Ao lado de humaníssimas vaidades,

Não podes perceber as ressonâncias,

Quinta-essências de todas as substâncias

Na fluidez das eletricidades.


Aqui não há vertigens de nevróticos,

Nem bisonhos aspectos de cloróticos

Nas estradas de eternos otimismos!

A vida imensa é coro de grandezas,

Submersão nas fluídicas belezas,

Envergando os etéreos organismos.


Ante a minhalma fulgem ideogramas,

Pensamentos radiosos como chamas,

Combinações no Mundo das Imagens;

São vibrações das almas evolvidas

E que, concretizadas e reunidas,

Formam luminosíssimas paisagens…


Em pleno espaço — Imensidade de ânsias,

Sem aritmologias das distâncias,

Sem limites, sem número, sem fim!

Deus e Pai, ó Artista Inimitável,

Deixai meu ser esdrúxulo, execrável,

No prolongado e edênico festim!




Sessão de 09 de agosto de 1933.

Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 12ª poema do 15º capítulo do livro “”



Augusto dos Anjos
Francisco Cândido Xavier


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