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Capítulo XX

Brasil


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O poeta se identifica



O poema de Castro Alves que encerrou o “Pinga Fogo” do Canal 4, na noite de 20 de dezembro de 1971, com o médium Francisco Cândido Xavier, oferece todos os elementos de identificação do poeta.

Composto em estrofes de dez versos setissílabos, tem a forma poética de “O Livro e a América” e o mesmo estilo épico, a mesma garra condoreira, o mesmo ímpeto místico-telúrico daquele poema. O que mais devia impressionar aos que desejarem analisá-lo é a conotação de contemporaneidade entre eles. Em “O Livro e a América” o poeta coloca o Novo Mundo em face do Velho Mundo como um prolongamento deste, mas também como um passo evolutivo no desenvolvimento do Planeta. Na segunda estrofe faz os Andes — como braços levantados — apontarem para a amplidão. No poema “Brasil”, faz o Cristo apontar ao mundo, em desespero, a vastidão brasileira.

O tema é quase o mesmo. Num, a América é a esperança de paz e cultura que surge diante do materialismo guerreiro da Europa. Noutro, é o Brasil que rasga uma perspectiva espiritual para os insanáveis conflitos de sangue e fogo em que se perdem as velhas nações da Terra.

As metáforas condoreiras se assemelham e se equivalem, apenas atenuadas no poema de agora pela ternura evangélica. Há felizes conotações de imagens, como a que se nota, por exemplo, entre as figuras de Briaréu, no primeiro poema, e a de Sansão no segundo. É ainda mais expressiva a conotação entre os braços dos Andes apontando a amplidão e montanhas altaneiras, dentro das próprias fronteiras, alongando-se como braços para assinalar novo rumo à evolução.

Outra consideração de importância fundamental a fazer-se é a de que o poema “” representou uma síntese poética dos momentos culminantes do “Pinga Fogo”, quando foram postos em foco os problemas da atualidade brasileira. O poema brotou espontâneo, escrito a jato, na velocidade característica da psicografia, revelando a presença espiritual e emocional do poeta nos diálogos que se travaram. Impossível negar, diante desse conjunto de elementos favoráveis e de um pouco de conhecimento dos problemas espíritas, a legitimidade dessa mensagem mediúnica.



Esta mensagem também foi publicada em 1972 pela FEESP e é a 32ª lição do livro “”



Castro Alves
Francisco Cândido Xavier


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