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Capítulo XXV

Deus sempre


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Emmanuel

Deixa que teu coração repouse no entendimento, a fim de que a Vida Maior te use por filtro da paz em auxílio dos outros.

Frequentemente, hoje, nos reportamos todos à Terra conturbada.

Muitos companheiros se fazem pontas-de-lança na expansão do desespero e transformam-se outros muitos em pregoeiros da agitação.

Sê, porém, o pouso da tranquilidade operosa, a nave sólida em que os náufragos da inquietação encontrem apoio.

Recorda: o mundo já viveu outras épocas de crise e a todas sobreviveu para exaltar-se em mais elevado gabarito de evolução.

Por maior a tormenta, guia o teu barco no oceano das lutas renovadoras, harmonizando o leme da própria vida com a fé em Deus. Escora-te na Sabedoria Divina — sustentáculo do Universo — e prossegue com serenidade e coragem ante o roteiro do dia a dia.

Lembra-te.

Guerras de extermínio arrasaram continentes e nações; mas Deus restaurou os mecanismos da Civilização e outros povos apareceram com assinalados destinos na execução do progresso.

Convulsões geológicas destruíram comunidades inteiras; Deus, no entanto, reinstalou-as, através da reencarnação, em faixas diferentes do Orbe, delas fazendo instrumento valioso no preparo de tempos novos.

Diversos agrupamentos humanos enlouqueceram, mergulhando em atitudes e atividades suicidas; Deus, porém, lhes conferiu outros rumos, doando-lhes oportunidades mais amplas de serviço para se recuperarem com segurança em existências de redenção.

Epidemias varreram cidades inúmeras; mas Deus amparou a Ciência e as vítimas foram compensadas com ensejo precioso de aprendizado e trabalho na Terra mesmo, em planos mais nobres.

Não importa o tipo de tempestade que te requisite a receios indébitos.

Ruja a ventania da destruição ou vocifere a ameaça da morte, guarda-te em Deus.

Os homens podem aumentar o poder das trevas; Deus, entretanto, é a luz que as dissolve.

Por isso mesmo, onde surja a discórdia, sê a paz, e onde grite a maldição, sê tu a bênção.


A voz do Pastor Invisível

Irmão Saulo

Escrevendo-nos dia 22 de janeiro de 1972, Chico Xavier nos informou o seguinte: “Em nossa reunião pública de ontem era realmente muito grande o número de irmãos nossos preocupados com a situação atual da Terra. E o nosso abnegado Emmanuel, nos comentários sobre a página intitulada de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, escreveu a mensagem “Deus Sempre” que envio às suas mãos”.

Transcrevemos esse trecho da carta para que os leitores possam ver, não apenas a mensagem, más por trás dela a preocupação das numerosas pessoas presentes à reunião em que Chico Xavier a psicografou. Emmanuel foi o porta-voz da Espiritualidade para transmitir aos homens, e particularmente aos espíritas — seguidores do Cristo em espírito e verdade — o estímulo e a advertência necessários a esta hora de transição que estamos enfrentando.

Nessa mesma ocasião, como informou o noticiário internacional, a Igreja Católica colocou em funcionamento o seu novo órgão denominado Cor Unum, com a finalidade de criar uma rede mundial de solidariedade humana, formada por católicos e não-católicos, para atender às eventualidades da situação mundial e orientar as populações. Por isso mesmo soou destoante a fala de D. Vicente Scherer, cardeal-arcebispo de Porto Alegre, em seu programa radiofônico “A Voz do Pastor”, formulando críticas agressivas a Chico Xavier e à TV brasileira, insistindo nas acusações à memória de Arigó e tentando apontar o médium de Uberaba como simples farsante.

A mediunidade de Chico Xavier é hoje mundialmente reconhecida, hoje que o problema mediúnico é de ordem científica e não apenas religiosa. As mensagens em inglês recebidas pelo médium nos Estados Unidos e aí amplamente divulgadas, assim como no Brasil e no mundo, levaram cientistas norte-americanos a quererem retê-lo em Universidades de lá para estudos e obtenção de mais comunicações. O Christian Spirit Center, fundado em Elon College, é hoje o divulgador das mensagens do médium em todo o País.

A referência de D. Scherer ao médium Amaury Pena, sobrinho de Chico Xavier, que faleceu prematuramente, vítima de moléstia mental — mas cuja produção mediúnica, do tempo de saúde, é incontestavelmente legítima — foi simplesmente um pecado do cardeal contra a lei evangélica da caridade. Mas também esse episódio e a manifestação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil contra a publicidade das atividades mediúnicas reforçam a oportunidade da mensagem de Emmanuel. Ouçamos a voz do pastor invisível: “Os homens podem aumentar o poder das trevas; Deus, entretanto, é a luz que as dissolve. Por isso mesmo, onde surja a discórdia, sê a paz; e onde grite a maldição, sê tu a bênção”.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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