Colheita do Bem
Versão para cópiaÀ frente dos trabalhos de 1949
05/01/1949
Meus filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita saúde e paz, alegria e bom-ânimo.
, a se desenrolarem promissoras perspectivas de realizações, esperamos em Jesus que vocês todos conservem a coragem e a fé por benditas companheiras de marcha. Sem coragem o homem não descobre a grandeza divina em cada lance da jornada e sem fé não há estímulo para o serviço a fazer. Anos que se renovam sem espírito de ajustamento da alma ao Cristo poderoso e santificador são como existências que se repetem, gastas no mesmo clima de inércia, com desperdício de bênçãos e de tempo.
É por essa razão que desejo a vocês esse arrojo e essa confiança que marcam a fronte e os braços dos verdadeiros lidadores do bem. Não temam a batalha. Não é só a paz que nasce da luta. É também experiência, engrandecimento e fortalezas. Quem foge perde sempre. E a perda da oportunidade de elevação espiritual é de todas a mais lastimável, porque o esforço no corpo físico, se é sumamente valioso, é também infinitamente breve. A existência na Terra, para quem possua mediana inteligência, pode ser preparação de voo sublime ou queda espetacular. É difícil, por enquanto, colocar semelhante assertiva em termos matemáticos aos olhos de vocês. Enquanto usamos o precioso uniforme de carne no trabalho terrestre não é fácil falar de situações referentes à Eternidade, nem ouvir com respeito a elas. Na maioria das vezes, nossa palavra parece um sonho vago para os que se demoram nos conflitos do mundo, e faz-se quase impossível o aproveitamento de nosso intercâmbio se falta coragem para subirmos juntos aos montes das afirmativas, surpreendentes e audaciosas para o comum de nossos companheiros da experiência, e fé para persistirmos na resistência contra todos os percalços que a negação ajunta em torno de nossos pés. Conosco, entretanto, é diferente. Nossa compreensão mútua permanece alicerçada por mais de dez anos em entendimento espiritual, edificante e contínuo, e esperamos que vocês recolham o máximo de luz no campo em que vão lavrando.
A nossa capacidade de trabalhar e servir mede a nossa capacidade de entender o divino. Por essa razão, formulo votos para que se renovem como desejo renovar-me, cada dia, e sempre mais intensamente, de modo que o presente estágio lhes seja rico de iluminação e esperança nos celeiros da consciência, da mente e do coração. O tempo em si não apresenta grandes mudanças. As estações, com a luz e a sombra, se repetirão em horas certas. Nossa alma, contudo, pode e deve modificar-se incessantemente para o bem. Sob o sol não há novidade, segundo a palavra do sábio antigo, (Ec
Reaprenderei com eles velhos modos de ensinar e, através do trabalho de preparação de muitos, esperarei o dia em que possamos reajustar de novo antigo pacto de redenção.
Esse é o meu agradecimento sincero e vamos à oficina da vida com segurança e sem medo. Sementeiras enormes esperam-nos as mãos ativas. O sol do 1949 está brilhando! Aqueçamo-nos em seus raios de esperança. Para mim não há melhor aniversário — aniversário de renovação, de repetição das bênçãos e de retorno à ação santificante.
Sejam abençoados vocês todos em todos os passos do caminho. E reunindo-os num grande abraço sou o papai e vovô muito amigo de sempre,
Nota da organizadora: Em referindo-se ao meu pai, Rômulo Joviano, e ao livro Alvorada cristã, segundo título de Neio Lúcio editado pela Federação Espírita Brasileira (FEB). Ano da edição: 1949.
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