Confia e Serve

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Capítulo VIII

Mensagem de irmão


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A vida na Terra se assemelha a um estágio em magnífica escola.

A reencarnação é abençoada oportunidade de crescimento espiritual.

Somos, porém, aprendizes rebeldes e incipientes.

Malbaratamos o tempo.

Desprezamos a lição.

Olvidamos os compromissos.

Quando sofremos, recorremos a Deus, ensaiando humildade.

Quando felizes, nem sequer nos lembramos de agradecer ao Dispensador de Todas as Graças.

É que em contato com a matéria densa, o Espírito deixa-se hipnotizar pelos cânticos da ilusão. O imediatismo predomina em suas decisões.

Para o homem comum, importa viver o “agora” com intensidade. Falta-lhe, portanto, senso de eternidade.

Por isso, justamente, a dor se faz companheira constante em nossos caminhos… Ela nos recorda a fugacidade da vida física e nos reconduz à senda do bem.

Ai do homem, se não sofresse!…

Mas Deus não quer o sofrimento voluntário, aquele abismo em que muitos se precipitam para fugir à dor que nos aprimora interiormente. O sofrimento natural é uma luz mas, provocado, qual o suicídio, é uma infelicidade que a palavra não define.

Procuremos na caridade o nosso cajado para a subida do monte escarpado da evolução.

Amemos os nossos semelhantes.

Esforcemo-nos para perdoar as ofensas, sem guardar ressentimento no coração.

Não percamos de vista os passos do Senhor, que transitou no mundo entre zombarias e sarcasmos.

Façamos da oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina.

Tenhamos sempre uma palavra de otimismo e um sorriso de esperança para oferecer aos que nos buscam a presença.

Visitemos os doentes nos hospitais, porquanto somos espíritos enfermos, necessitados também da visitação diária do Divino Médico.

Não nos queixemos de sacrifício; antes agradeçamos a Jesus que nos aceita como somos em seu ministério santo entre os homens.

Aprendamos a silenciar as nossas mágoas. A lamentação improdutiva é peso na própria alma, impedindo-nos de seguir à frente.

Que Deus seja sempre louvado em todas as providências que toma para que nós, os seus filhos, possamos viver segundo a sua Vontade.

Restaurando o Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo as sombras que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento.

Irmãos, deixo-lhes aqui o meu afetuoso abraço, na certeza de que a morte não existe e que o Senhor vela por cada um de nós.




[O padre Sebastião Carmelita foi exemplar sacerdote católico sem abdicar de suas ideias espíritas]

(Psicografada por Carlos A. Baccelli)



Sebastião Carmelita
Francisco Cândido Xavier


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