Nas Pegadas do Mestre

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CAPÍTULO 108

Mãe

Mãe!. . . Donde virá a magia que esse nome encerra? Porque será que, somente ao pronunciá-lo, um sentimento augusto e santo de respeito nos invade o coração? Donde lhe vem o culto que se lhe presta, a homenagem que lhe rendem todos, mesmo aqueles cujos caracteres ainda se ressentem de graves senões? Porque será que a simples palavra — mãe, tão singela, tão humilde, que só três letras requer, tem o condão maravilhoso de fazer vibrar as cordas dos sentimentos, por mais embotados que estes estejam?

O que há nesse nome de extraordinário não está nas letras que o vestem: está no espírito que o vivifica. A letra é a sua forma exterior como a matéria é o disfarce que encobre a alma.

Mãe quer dizer abnegação, desvelo, carinho, renúncia, afeto, sacrifício — amor — numa palavra. São esses os seus predicados inalienáveis. Daí a origem de sua eloquência, de sua fascinação, de seu prestígio, de sua força, de seu encanto.

Ser mãe não se resume no fenômeno fisiológico da maternidade. Ser mãe é possuir aquelas virtudes, e proceder em tudo consoante o influxo que das mesmas deriva.

A legitimidade do titulo vem, pois, do moral e não do físico, da alma e não do corpo. Há mulheres que geram filhos sem jamais se tornarem mães. Outras há que o são de nascimento.

E assim sói acontecer com tudo que paira no plano objetivo. A verdade não está na letra que afeta nossos sentidos: está invariavelmente no espirito que movimenta a forma, que anima a matéria, que vivifica a letra.




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