Nas Pegadas do Mestre

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CAPÍTULO 119

Higiene da alma

"Quando o espirito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí; e, ao chegar, acha-a varrida e adornada. Em seguida vai, e leva consigo mais sete espíritos piores do que ele, e ai entram e habitam. Este estado do tal homem fica sendo pior do que o primeiro. "


(Evangelho.)

Assim como há imundície do corpo, há também imundície do espírito. O corpo, quando não é higienicamente cuidado, transforma-se em foco de sujidade e de miasmas, que chegam a empestar a atmosfera que o envolve. Do mesmo modo, o espírito, quando abandonado ao arrastamento dos vícios, das paixões torpes, das influências e sugestões baixas de ambientes malsões, torna-se imundo. Há higiene da alma como há higiene do corpo: descurá-las é resvalar no esterquilínio, que, em realidade, existe tanto no que diz respeito ao espiritual como no que respeita ao material.

Os espíritos contaminados de impurezas não têm paz nem tranquilidade de consciência. Procuram-na, em vão, pelas escusas vielas dos planos inferiores onde perambulam. Seu prazer consiste em sugerir aos homens pensamentos inquinados de maldade.

Os imundos permanecem, segundo a lei de afinidade, com aqueles que, eivados do mesmo mal, lhes dão acesso e guarida. Afastam-se dos que com energia repelem seus miasmas, pela lei de afinidade, cuja ação, tanto lhes pode ser favorável num caso, como inteiramente desfavorável em outro.

Concluímos, pois, deste fato, que a lei de afinidade é uma força, não sendo, portanto, nem moral nem imoral. Ela age atraindo, combinando e ligando entre si os elementos da mesma espécie. Seu programa é sempre ligar, porém, imutável em sua ação, jamais consorcia elementos heterogêneos.

O processo prático, por conseguinte, de nos pormos ao abrigo dos imundos é alimentar ideais opostos aos seus. Quanto mais positiva e formal for essa dissemelhança, menos probabilidade eles terão de nos atingir, e, tal seja o grau de firmeza com que nos sustentemos no pólo oposto, seremos inatingíveis.

Não basta, pois, que não aninhemos o mal em nossos corações: é preciso cultivar o bem. Um coração vazio de ideal, ao lado de uma mente destituída de aspirações nobres e elevadas, é porta aberta às influências perigosas. Fomos criados para o trabalho. Nossas mentes como nossos corações devem estar sempre ocupados com o que é puro e bom, de modo que não haja lugar para o que é impuro e mau.

Casa varrida, adornada e desabitada constitui perigo iminente. Os indesejáveis invadem-na sem nenhum escrúpulo, e dela se apossam.




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Lucas 11:25

E, chegando, acha-a varrida e adornada.

lc 11:25
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