Nas Pegadas do Mestre

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CAPÍTULO 127

Amor e egoísmo

As vãs filosofias vêm-se digladiando, de há longo tempo. Os credos exclusivistas terçam armas, de questiúnculas, malbaratando preciosas oportunidades em rigores de exegese, dando lugar a intermináveis disputas que separam e dividem o rebanho humano, esquecendo-se de que o magno assunto se sintetiza neste problema: combater o egoísmo e cultivar o amor. Em tal se resume toda a doutrina do Crucificado. E assim se resumindo, ela contém tudo: a lei e os profetas.

Examinando-se todas as parábolas do Evangelho, suas passagens e sentenças, chega-se à conclusão de que elas encerram lições e ensinamentos cuja essência é sempre a apologia do amor e a abominação do egoísmo.

Egoísmo e Amor — eis a perdição e a salvação, o Céu e o Inferno. Egoísmo e Amor são dois extremos opostos, dois polos inconfundíveis; são dois antagonistas irreconciliáveis que lutam entre si, tendo por campo de ação o recesso íntimo de nossos corações. Da vitória de um deles dependem os nossos destinos.

"Em vos amardes uns aos outros, todos reconhecerão que sois meus discípulos", sentenciou o Mestre. Mais tarde, os habitantes da Roma pagã, impressionados com a fraternidade que os primitivos cristãos mantinham entre si, vieram confirmar aquele conceito com o seguinte dizer que corria de boca em boca entre os sequazes de Nero:


"Vede como eles se amam. "
Os cristãos distinguiam-se dos gentios pelo culto do amor, que entre si guardavam como lei soberana, como fruto daquela fé augusta cujo lábaro, flutuando no cimo do Calvário, deixa ver através de suas dobras a magistral legenda: "Amai-vos uns aos outros. "


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