Nas Pegadas do Mestre

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CAPÍTULO 133

O nosso Deus

"O meu deus, o teu deus, o vosso deus e o deus deles" são todos falsos deuses. O nosso Deus é o único verdadeiro.

Os homens criam deuses ao sabor de suas conveniências, em vez de procurarem conhecer o eterno Deus, criador de todas as coisas, autor da vida, pai da Humanidade .

Daí a origem do "meu deus, do teu deus, do vosso deus e do deus deles". Estes deuses parciais nada têm de comum com o Deus do Universo. Eles representam, na atualidade, os vestígios dos deuses pagãos, concepções mitológicas dos povos antigos.

Estes, na impossibilidade de penetrarem os mistérios da vida e da criação — mistérios que se acham intimamente ligados à existência de uma Inteligência suprema —, forjavam lendas e contos fantásticos para satisfazer, de tal modo, as justas interpelações que de todo o sempre se levantaram no interior do homem, pedindo solução para aqueles magnos problemas.

Semelhantes puerilidades, porém, já não se acomodam ao cérebro dos homens de nossos dias. É tempo de sacudir esses andrajos do passado, de abandonar as faixas da infância, e buscar conhecer, servir e amar o Deus verdadeiro, o Deus universal.

Para o caso, há já dois mil anos Jesus chamou a atenção da Humanidade. A oração por ele recomendada aos seus discípulos principia com a seguinte sentença: "Pai nosso que estais nos céus. " Não é meu pai, nem teu pai, nem vosso pai: é Pai nosso.

Quando ressurgiu, aparecendo a Madalena, disse "Não me toques. Ainda não subi para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. " Ora, o que é meu e vosso não é meu, nem vosso: é nosso.

Instruindo nesse particular à Samaritana, o Mestre fêz notar que o Deus verdadeiro não estava em Jerusalém, como pretendiam os judeus, nem tão-pouco estava em Samaria, como queriam os samaritanos; portanto, não se poderia adorá-lo ali nem acolá.

Em seguida, acrescentou: "A hora vem e agora é, em que o verdadeiro Deus há-de ser adorado em espírito e em verdade. " Em espírito: sem figura ou imagem que o represente. Em verdade: isento de concepções egoísticas, frutos das paixões humanas.

O deus dos judeus, como o deus dos samaritanos, como o deus dos sectários de hoje, são deuses imaginários que só existem para uma dessas facções: é o deus deles.

Só há um único e verdadeiro Deus: é o de todos, sem distinção de credos, partidos, escolas, filosofias e igrejas: é o nosso Deus, é o Pai nosso que está nos céus, ao qual outrora se referiu Jesus Cristo.




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