Nas Pegadas do Mestre

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CAPÍTULO 20

Três grandes símbolos

"A Lei velo por Moisés, mas a Verdade e a Graça vieram por Jesus Cristo. "

A Lei é a consciência do delito. Antes da Lei, o homem, sempre que o egoísmo o exigia, tirava a vida ao seu irmão. Matar era um ato de coragem, expressão natural da força, arredando do caminho um empecilho. Após o — "não matarás" — o assassínio foi tido em conta de pecado.

Como o homicídio, o roubo, o adultério, a cobiça e outras modalidades de faltas e de vícios em que o egoísmo humano costuma expandir-se, foram condenados.

Desde então, sempre que o homem infringe este ou aquele preceito da Lei, tornase réu consciente. Do delito praticado com pleno conhecimento de causa, resulta a responsabilidade e, consequentemente, o sofrimento.

Assim se inicia o processo de regeneração. O homem evita o mal para se eximir à dor, sua legítima consequência .

Após o efeito da Lei, vem a corroboração da Graça. O Consolador manifesta-se agindo nos corações. Sua influência é poderosa e eminentemente reformadora. Sob seu influxo, o homem sente fome e sede de aperfeiçoamento. Quer subir, quer ascender às regiões da luz, ao reino da espiritualidade. Não lhe basta o abster-se do mal: anseia pelo bem. O orvalho do céu fertiliza o coração cujo desejo é produzir frutos. Das virtudes negativas, estatuídas pela Lei, passa às virtudes positivas, geradas pela Graça.

E assim, ora sob a ação da Lei, ora sob a influencia da Graça, o Espírito vai realizando o senso da vida, que é a evolução. À medida que ele se eleva, a Lei vai cedendo lugar à Graça, até que esta acaba dominando completamente.

A Lei, portanto, é um freio para coibir o mal. A Graça, um incentivo para promover o bem. A Lei personifica a justiça; a Graça a misericórdia. Aquela corrige; esta aperfeiçoa. A Lei vem primeiro; a Graça depois. Da Lei o homem se liberta pelo esforço, pela luta contra seus defeitos e imperfeições. A Lei atua até onde termina a esfera humana. A Graça ensaia o voo do Espírito no plano divino, onde o céu não tem mais horizontes.

Jesus é o portador da Graça, porque sua passagem pela Terra assinala a época da difusão do Espírito, comsoante estatui a velha profecia de Joel.

No Tabor vemos, transfigurados, Moisés, simbolizando a Lei; Elias, os profetas; e Jesus, conjugando leis e profecias, como a imagem da Graça, que é a suprema expressão do amor de Deus.




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