Coração e Vida

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Capítulo XXXIV

Cantiga da Vida


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Escuta, alma querida,

Se a provação te alcança

E te amarfanha a vida,

Não te dês à revolta

Nem percas a esperança.


Embora tolerando luta permanente,

Seja ela qual for,

Segue o dever que se desdobre à frente,

Sem maldizer a própria dor.


Deus modifica o sofrimento aceito,

Em grandeza, progresso, alegria, proveito…


Na Terra, em tudo aquilo que admiras,

Do chão que cria a erva ao céu que infunde a paz,

A qualquer tempo, em tudo encontrarás,

Semelhante lição na estrada em que respiras…


No solo retalhado a golpes de tratores,

O campo se converte em toucado de flores.


A semente largada à cova estranha e escura

Renasce do abandono, em beleza e verdura.


A árvore na poda, humilhada e desfeita,

Acrescenta a abastança e a força da colheita.


Da rocha perfurada a fonte se descerra,

Espalhando conforto e enriquecendo a terra.


Posto ao calor gigante, em supremo embaraço,

O minério dá forma às estruturas de aço.


Madeira que o serrote alinha, morde e apara

Faz-se na construção a peça nobre e rara.


Pérola de alto preço em brilho evanescente

É riqueza a surgir de uma ostra doente.


O pão que, em todo o mundo, é divino legado

É um presente do Céu no trigo massacrado.


Água que se sujeita aos preceitos da usina

Gera auxílio e poder, revigora e ilumina.


Assim também, alma querida e boa,

Ante a luz do trabalho, dia a dia,

Na lei da evolução para crentes e ateus,

A presença da dor que nos fere e avalia

É socorro da vida e proteção de Deus.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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