Correio do Além

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Capítulo XII

Brazilina Gilardi Estévez


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Brazilina Gilardi Estévez nasceu no dia 7 de julho de 1895, em São Paulo, filha de pais italianos e, curiosamente, desencarnou na data em que sempre desejara: à meia-noite de um dia 1 para 2 de novembro. Era no ano de 1970 e Brazilina estivera enferma por longos meses.

Casou-se duas vezes. Do primeiro casamento, com Francisco Zanini, não teve filhos e enviuvou quando da gripe espanhola (1918). Seu segundo marido, Agapito Estévez, também havia enviuvado pela mesma causa. Tiveram cinco filhos: Manoel, Aurora, Leonor, Odette e Agapito.

Em 1978 Odette adoeceu gravemente; Leila Chama Bisca, sua filha, aconselhada por amigos e por um sacerdote da igreja católica, resolveu procurar Chico Xavier, à busca de conforto e auxílio. Ela não sabia da existência de mensagens psicografadas, pois era totalmente leiga quanto à comunicação com o Plano espiritual. Além das palavras de orientação quanto à situação de sua mãe Odette, a mensagem enviada por sua avó Brazilina foi uma surpresa, um presente de vida.

Eis o depoimento que Leila presta:


DEPOIMENTO


“Fomos a Uberaba para ver se conseguíamos orientação adequada de Chico Xavier e fomos surpreendidas e brindadas com a mensagem de minha avó Brazilina. Ficamos gratificadas, encantadas e emocionadas com a pessoa que lá encontramos e especialmente gratas quanto ao carinho, generosidade e paciência de nosso querido Chico.”


Leila Chama Bisca

MENSAGEM


Querida Leila e querida Dulce, peço a Deus nos ampare e nos abençoe. Estamos aqui, junto a vocês com a tarefa da paz. Sem dúvida, que todos nos achamos em cuidados por nossa querida Odette, em tratamento que demanda paciência e serenidade e a quem rogamos fidelidade às instruções médicas, no entanto, desejávamos igualmente falar à nossa Leila, de maneira a apaziguar-lhe o coração de esposa e mãe.

Nossa Odette, com a bênção dos Mensageiros Divinos, tem melhorado, conquanto a morosidade em que as vantagens orgânicas vão aparecendo e pedimos a vocês duas transmitirem à querida filha a nossa mensagem de esperança. Deus não nos desampara. E nossa Odette pense conosco que alegria e confiança em Jesus são também medicamentos invisíveis no mundo, reforçando as virtudes dos medicamentos que a ciência médica nos indica em nosso próprio auxílio. Roguem à nossa querida Odette por nós, já que o nosso Agapito aqui se encontra em minha companhia, para que se refaça na calma precisa.

Que ela possa banhar-se nas vibrações da fé viva como quem se envolve, de alma toda, nas claridades do Sol. Estamos todos dentro da vida e com a vida, pertencemos todos a Deus que jamais nos marginaliza no desalento. Confiemos sempre.

Os Céus improvisam soluções onde apenas encontramos problemas e acendem luzes onde supomos esteja unicamente a escuridão.

E quanto a você, querida Leila, quero dizer-lhe que a nossa Mércia, a nossa Maria Mércia, veio junto de mim, com o objetivo de agradecer-lhe quanto vem fazendo pelo nosso amigo Roberto e pelos filhinhos.

Mércia roga ao seu carinho espontaneidade e confiança, sem quaisquer complexos, porque lhe haja desposado o companheiro que ficou na Terra, à espera de alguém que o tutelasse com os filhinhos queridos, a fim de sobreviver ao problema da viuvez, na mocidade física, na qual o homem-pai surpreende pesados obstáculos para suportar a vida na Terra a sós. Ela me recomenda dizer a você que a considera por irmã e benfeitora e compreende quanto amor você vem plantando no coração dos pequeninos.

A querida companheira pede-lhe para tranquilizar-se e agradece toda sua dedicação em favor do Roberto e afirma a você que a Priscila, a Joyce e a Andrea são suas filhas do coração, tanto quanto o seu Robertinho passou agora a ser para ela um filho de sua ternura de mãe.

Querida Leila, não se admita estrangeira no lar que Deus lhe confiou. Prossiga abraçando aquelas crianças adoráveis por anjos de carinho que a esperavam na Terra. Mércia é nossa irmã e amiga e fará tudo quanto possa, a fim de auxiliá-la em seus encargos na educação das meninas que encontram em você a continuidade da própria mãezinha.

É necessário que a paz brilhe de novo em seus pensamentos de mãe, ainda tão jovem, porquanto o esposo possui em sua compreensão e bondade a fonte de energias de que ele necessita a fim de se desobrigar dos muitos deveres a que se vê enlaçado para satisfazer ao bem de muitos. Creia. Nossa Mércia estará com você, quanto possível, para acrescentar-lhe as energias em casa e para sustentar a sua serenidade perante a vida.

Deixe que a alegria de viver e de servir se lhe faça plena no coração. A vida é um tecido de Deus em que nós todos somos fios em suas disposições divinas para entretecer a paz e a segurança, o ânimo e a força espiritual uns dos outros.

Nosso Agapito igualmente pede a Deus por sua tranquilidade, esperando que você reconheça no Roberto o protetor de sua felicidade, cujo bom ânimo para viver e lutar na conquista da felicidade doméstica, você precisa amparar sempre com o seu coração iluminado de amor e bênçãos.

Agradeço à nossa querida Maria Dulce a companhia que lhe faz e desejo dizer a ela que o avô Martins está presente e lhe endereça os melhores votos de felicidade e paz, sem nos esquecermos de nosso estimado Cuca para quem pedimos o amparo de Jesus, hoje como sempre.

Filhas queridas, agora devo encerrar esta carta que, a meu ver, deve ter atingido a finalidade a que me propunha: encorajar nossa Odette e tranquilizar nossa Leila que, efetivamente, se mostrava sedenta de uma compreensão mais ampla para o trato com a vida.

Agradeço-lhes os pensamentos de paz e mais uma vez aqui registro as minhas orações a Deus, em auxílio à paz de nós todos.

Dulce querida e querida Leila para vocês ambas e para quantos se encontram reunidos nas faixas do nosso amor, as muitas lembranças e os agradecimentos de todos os dias, da irmã e avó que as reúne num só abraço, por filhas abençoadas do meu coração.


Brazilina Brazilina Estévez

Setembro, 1978.


NOTAS


1 — Maria Dulce Martins Estévez — cunhada de Odette

2 — Odette Estévez Chama — filha de Brazilina Estévez e Agapito Estévez Pena — falecida em 02.01.1982.

3 — Agapito Estévez Pena — marido de Brazilina — falecido em 01.11.1971.

4 — Maria Mércia Rodrigues Bisca — 1ª esposa de Roberto Bisca — falecida em 22.04.1973.

5 — Roberto Bisca — marido de Leila

6 — Priscila, Joyce e Andrea — filhas de Roberto, do primeiro casamento com Maria Mércia Rodrigues Bisca.

7 — Robertinho — filho de Leila e Roberto.

8 — Avô Martins — pai de Maria Dulce — falecido.

9 — Cuca — apelido de Agapito Estévez Gilardi, irmão de Odette, filho de Brazilina, marido de Maria Dulce.


Beatriz L. P. Galves


Leila Chama Bisca
Francisco Cândido Xavier


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