Correio Fraterno

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Capítulo XLVII

Recuperação

Não bastará desculpar aos que nos ofendem, simplesmente com os lábios.

É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.


Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao trabalho do perdão.

É preciso esquecer todo o mal.


Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão.

É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente aos que nos feriram…


Através da prece que ajuda em silêncio…

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia…

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante…

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.


O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.


Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.




Esta mensagem foi publicada originalmente em 1952 pela LAKE e é a 43ª da 1ª Parte do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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