Depois da Travessia

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Capítulo LI

Erros e virtudes

05|03|1941


Meus filhos,

Que a glória de Deus, irradiada das alturas, lance sobre vós as Suas bênçãos, como a todos os homens de boa vontade! Venho trazer-vos a presença afetuosa e renovar aos queridos filhos meus votos de muita tranquilidade!

Meu caro Aurélio, vejo-te o pensamento interessado no conhecimento dos fatos que já se foram e quero afirmar-te, filho meu, que a bondade infinita do Criador tem aberto os tesouros da complacência, muitas vezes, sobre nós. Louvemos esse amor inesgotável que não cessa nunca!

Vimos de longe, de séculos remotíssimos, em quedas e levantamentos incessantes! Se nada posso adiantar-te, em particular nesse sentido, meu filho, cumpre-me dizer-te que toda harmonização é útil, que todo bem é uma claridade que não morrerá! Um dia nossos olhos se abrem para o dia da eternidade e, então, a nossa visão espiritual atinge o mais longo alcance. Os laços, os elos sacrossantos que nos unem, ecoam de muito longe e as dores do pretérito devem estimular nossas esperanças no porvir.

Quantas vezes temos experimentado as amarguras da separação dos mais queridos? Quantas vezes tivemos que sorver o cálice das lutas rígidas nos labores expiatórios? Tudo se esvai, no que se refere às expressões humanas, mas a alma fica imune no torvelinho das modificações… Nossos são nossas bagagens que desonram ou dignificam. É por isso, meu filho, que em te observando o interesse sagrado em torno de revelações mais íntimas devo induzir-te a ser o bom viajante que conduz consigo as joias do bem, os adornos do amor, os valores da justiça e, sobretudo, o ouro da perfeita reconciliação com o programa divino do amor que Deus traçou para o caminho infinito. Referindo-me a essa circunstância, agradeço-te, com toda a alma, todo o cabedal de teus sacrifícios pelos irmãos.

Aqui, filhos, deixo-vos os meus votos de paz em Jesus! A ti, minha querida Julinha, o meu beijo afetuoso. E abraçando-te, meu filho, com toda a ternura do coração, rogo a Deus nos una os espíritos, cada vez mais, em Seu divino e infinito amor!




Amélia
Francisco Cândido Xavier


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