05|03|1941

Prezados amigos,

Boa noite e que a bondade do Cristo se estenda sobre todos!

Venho manifestar-lhes o meu reconhecimento por todos os auxílios que me trouxeram com a amizade desinteressada e sincera. Reafirmando essa gratidão, quero pedir-lhes desculpas necessárias a todos os erros de minha vida tão pobre de valores espirituais e tão sacrificada pela viciação de ambientes junto a falsos amigos…

A companhia indigna constitui o mais alto perigo para a mocidade. Uma juventude despreocupada de deveres sérios gera confusão enorme e, quase sempre, somos levados de maneira sensível ao esquecimento das coisas pequeninas que fazem parte das grandes coisas. Conhecendo tudo isso, permitiu Jesus que eu recebesse a dádiva de lhes falar, de modo particular, nesta noite, esperando o perdão de todos. Isso é, para mim, uma oportunidade santa, que não devo perder! Sentirei grande alegria se todos, ao pensarem em mim, estenderem à minha pobre alma as mãos de amigos. Receberei o novo alento de lágrimas nos olhos…

Feito o pedido, rogo ao Deus de Bondade de quem nem sempre me lembrei no mundo — que os abençoe e proteja em todas as circunstâncias. E aí ficam o agradecimento e o que os preza com amizade real,

Foi médico e a família brincava chamando-o de “Joaneco, meu boneco”. Ele era muito brincalhão.