Deus Conosco

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Capítulo CCCLXXXVIII

Provas


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03/09/1954


O homem necessitado de provar a existência bate à porta daqueles que lhe podem conferir a bênção do trabalho e solicita emprego das próprias forças à procura do salário que lhe assegure a subsistência.

Aqui é alguém que roga uma enxada para servir à sementeira, acolá é um operário que pede a máquina com que atenderá aos requisitos da indústria, mais além é o escritor que disputa a possibilidade de conduzir o pensamento do povo na direção do bem.

Estabelecem-se acordos, lavram-se contratos, articulam-se entendimentos. O suplicante obtém os recursos que espera, contudo, não raro, abandona a enxada à ferrugem, desorganiza a máquina a golpes de indisciplina e usa a pena e o verbo na malversação dos próprios valores, perturbando os irmãos de caminho.

Naturalmente, ao invés de socorro a si mesmos, semelhantes servidores, confiados à negligência e à revolta, apenas adquirem maiores débitos que lhes agravam as contas perante a vida e, de volta ao campo, à indústria ou à banca da inteligência são defrontados por obstáculos e dissabores que lhes favoreçam a corrigenda.

Nessas bases, organizam-se também as na peregrinação terrestre.

Antes da reencarnação, roga o Espírito as lições e tarefas que julga indispensáveis à própria habilitação para a vida eterna. Dores, aflições, sacrifícios e dificuldades são categorizados, então, por bênçãos que lhe compete aproveitar em favor de si mesmo. Entretanto, vestindo a carne, olvida as promessas feitas e abomina o trabalho e a luta, desprezando os recursos capazes de sustentar-lhe a ascensão.

Compreendendo, pois, que a existência na Terra é simples estágio da criatura em acanhado setor da vida, recebe a provação que o mundo te oferece por senda verdadeira. Não menosprezemos os tropeços da marcha e sim aprendamos a usá-los em nosso próprio benefício, porque, superando problemas e desencantos, venceremos nossas velhas fraquezas, e distribuindo com os que nos partilham a estrada a riqueza de nosso amor faremos jus ao salário divino com que, no grande futuro, compraremos, perante a Lei, a nossa própria libertação.




Nota do Editor: Mensagem psicografada por Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo | MG.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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