Parábolas e Ensinos de Jesus

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CAPÍTULO 109

CRUZ E CRUZES

“Eles tomaram a Jesus; e ele próprio carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, e em hebraico Gólgota, onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado e Jesus no meio. “Pilatos escreveu também um título e o mandou colocar no alto da cruz; nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. "


(João 9X, 17-19.)

Cruz! Madeiro infamante, que serviste de instrumento ao suplício do meu Mestre! Símbolo de torturas e desventuras, emblema da malícia humana, invento satânico do ódio e da vingança, primórdio de todos os aparelhos, de todas as máquinas, de todos os utensílios, de todas as grades, de todos os ferros, lança, punhal, cutelo, que massacram corpos e espezinham almas! eu te maldigo; como a luz maldiz as trevas, como a verdade maldiz o erro como o amor maldiz o mal!

És tu, santo dos fariseus e custódia dos ignorantes que até hoje perambulas pelas estradas e pelas ruas, apregoando virtudes mortíferas, afamada pelos parvos e mercadores, depois da cena trágica do Gólgota; e pela magia de mil olhares em ti concentrados, arrastas todos os dias, às trevas do espaço, milhões de espíritos que gritam como um mocho agoureiro das necrópoles e esvoaçam, cegos como vampiros, sem arimo, sem alimento e sem repouso.

Maldita cruz! As tuas vítimas clamam pela minha voz, e as suas penas serão o juízo, perante as almas da tua condenação!

Cruz maldita do suplício da Palestina, que entravaste dois mil anos de progresso humano! Cruz que te firmaste irredutível ante a mais poderosa Vontade de Deus que se mostrou na Terra! Cruzes pequeninas, que participastes no massacre de ladrões, de adúlteros, de párias, de falsários;

cruzes de todos os tamanhos que consumastes as obras dos teus inventores, servindo de patíbulo para os inovadores, os descobridores, os gênios propulsores da evolução mundial; caí, malditas, quebrai os vossos braços, debulhai as vossas células e desaparecei no inferno do nada!

Soprai, ventos do Progresso! Livrai do nosso planeta as larvas dessa esfinge que caiu; iluminai, sóis da Espiritual idade, para que ó disco da morte se apague das consciências e não mais obsedie as almas com as suas miragens enganosas!

Cruz traiçoeira, mãe de todas as cruzes, que falseaste a Justiça e Misericórdia de Deus, cai, e na tua queda fragorosa esmaga os Herodes, os Caifases, os Anases que cultuam os teus dons, que incensam as tuas virtudes, que endeusam o teu nome, que lutam, que trabalham, que se esforçam para ver-te de pé como atrativo ao seu domínio, como sugestão da tua força; cai, some-te, e arrasta-te para as tuas trevas com teus turiferários; desaparece com o Dragão que estende seus tentáculos pela Terra toda!

Cai, madeiro infamante! Quebra os teus braços; desagrega as tuas moléculas. . .

A brisa serena da madrugada já se faz sentir, e os arrebóis promissores do sétimo dia despontam belos e esplendorosos nos horizontes do nosso mundo.

A cruz, emblema da morte, vai cair, para dar lugar ao Espírito, personificação da ressurreição. . .




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