Encontro de Paz

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Capítulo XXXVII

Lei da vida


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Indagas, muita vez, alma querida e boa,

Como recuperar a fé perdida,

Quando alguém te vergasta o coração e a vida,

A ofender e ferir, espancar e humilhar…

Sai de ti mesmo e fita o mundo em torno,

Todas as forças lutam, entretanto,

A Natureza pede em cada canto:

Renovar, renovar…


A noite envolve a Terra em longa faixa,

Mas a Terra em silêncio espera o dia

E o Sol dissipa a névoa espessa e fria,

Simplesmente a brilhar…

Alteia-se a manhã, o trabalho enxameia…

Do pó ao firmamento em novo brilho,

Ouve-se, em toda parte, o sagrado estribilho:

Renovar, renovar…


A semente lançada ao barro agreste

Sofre o assalto do lodo que a devora,

Mas o embrião resiste, luta e aflora,

No anseio de ser pão e alegria no lar…

A princípio, é um rebento pobre e frágil,

Tolera praga e temporal violento,

Faz-se árvore linda e canta entre as notas do vento:

Renovar, renovar…


Arrebatada a pedra ao chão da furna

Quer descanso, sem garbos de obra-prima,

Contudo, o artista chega, corta e lima

A brunir e a sonhar…

Ei-la que escala os topos da escultura

E, estátua em que se estampa a essência da beleza,

Diz à vida que a busca, encantada e surpresa:

Renovar, renovar…


Assim também, alma querida e boa,

Se alguém te impôs olvido, abandono e amargura,

Segue, serve e perdoa o golpe que te apura,

Esquecendo o desprezo e procurando amar…

E ouvirás claramente, entre ascensões mais belas,

Ante a fé no porvir luminoso e risonho,

A própria voz do Céu, ao restaurar-te o sonho:

Renovar, renovar…




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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