Encontros no Tempo

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Capítulo V

Mãe


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Disse o Inferno à alma triste, em sombra densa,

Que no Além pervagava, em noite escura:

— “Eu sou a grande e eterna desventura

Que recebes por dura recompensa.”


E disse a Dor: — “Em minha treva imensa,

Sorverás o teu cálix de amargura…

Sou chama imperecível de tortura

Que vergasta com fria indiferença!…”


Mas terna e doce voz clamou da Terra:

— “Eu sou o Amor Divino que não erra

Vem a mim, alma pobre e desvalida!…”


E o Coração Materno, em riso e pranto,

Abriu-lhe o seio dadivoso e santo

E deu-lhe novamente a luz da vida.




Importância da maternidade definida pelo Espírito de Anthero de Quental, em reunião pública do Centro Espírita Oriente, em Belo Horizonte, Minas, em soneto psicografado pelo médium Francisco C. Xavier, na noite de 14 de maio de 1950, depois de significativa conferência, alusiva ao assunto, pronunciada pelo Professor Clovis Tavares, residente em Campos, Estado do Rio.



Anthero de Quental
Francisco Cândido Xavier


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