Entes Queridos

Versão para cópia
Capítulo VII

Hílton Monteiro da Rocha


Temas Relacionados:

Uberaba (MG) — 14 de outubro de 1924.

Uberaba (MG) — 04 de maio de 1978.

Pai de quatro filhos: Márcio Alves Monteiro. Márcia Monteiro Menegazzo, casada com Luiz Antônio Menegazzo, Marcos Alves Monteiro e Marcília Monteiro Alves Amorim, casada com Airon Amorim dos Santos, Hílton Monteiro da Rocha era casado com Maria Sebastiana Monteiro, D. Maroca.

Aos 53 anos, foi vítima de infarto fulminante, quando se encontrava em Uberaba, onde fora visitar a Exposição Agropecuária Anual. Residia em Goiânia.

Fazendeiro e pecuarista, foi por duas vezes prefeito de Trindade, cidade goiana próxima da Capital, sendo no primeiro mandato considerado pela Revista “O Cruzeiro”, um dos dez maiores administradores públicos do País.


ALAVRAS DA ESPOSA DO COMUNICANTE


“Ao receber a primeira mensagem chorei muito, mas foi um choro diferente: meus olhos choravam, meu coração sorria. Agradeci a Deus e ao irmão Chico, pela graça do reencontro.

“As mensagens que recebo através de Chico Xavier trazem para mim muita alegria e um grande conforto e me dão a certeza de que Jesus vai nos conceder a bênção de ficarmos juntos, depois que eu também partir para o lado de lá.

“Quando recebo algum comunicado de meu marido, sinto que o Hílton teve permissão para vir passar uns dias comigo em nosso lar. Suas palavras têm me ajudado muito a suportar as saudades e a falta que ele me faz.”


Maria Sebastiana Monteiro

RIMEIRA MENSAGEM


Minha querida Maroca, peço a Deus nos abençoe.

Estou presente. Compreendo a sua inquietação. As suas perguntas ficaram sem resposta. Entretanto, na despedida compulsória da desencarnação, os melhores assuntos ficam interrompidos.

Você se lembra com que serenidade me dispus à viagem de que não retornaria à nossa casa, senão em Espírito. Esses impedimentos súbitos, essas quedas de força, são algo de que ninguém consegue a desejada separação.

Caí, qual tronco decepado pelo golpe da morte física. Sei que você imagina tudo o que me aconteceu e dispenso-me de recapitular as minudências do fato.

Hoje, o curso de um ano se completa sobre o ocorrido. Creio que, por isso, o seu espírito me atingiu com tanto impacto de indagação e dor que não resisti ao anseio de vir ao seu encontro, procurando afirmar-lhe que temos estado juntos.

Não desanime. Nossos filhos são nossos tesouros. Na vida espiritual em que presentemente me instalo, a mãezinha Virgínia e o pai Manoel continuam sendo os meus benfeitores e espero que nossa família disponha em você da estação de paz e amor, repouso e devoção que as mães sabem ser.

Márcio, Márcia, Marcos e nossa Marcília continuam comigo, por dentro da própria alma e, ainda agora, venho de Brasília onde visitei nossa Marizete em tratamento. Você não desconhece que ela e o Luiz Antônio são também nossos filhos.

Peço a você coragem e fé viva em Deus. Não permita que o desânimo lhe visite a vida íntima, em hora alguma, Deus tem sempre novos meios de erguer-nos e sustentar-nos, acima de qualquer estado de sofrimento ou de angústia.

Rogo a você não esmorecer em momento algum. Posso ainda muito pouco, mas esse pouco é o meu coração ao seu lado. Juntos venceremos com a fé em Jesus a clarear-nos a vida e os corações.

Querida Maroca, agradeço os seus pensamentos em oração por minha felicidade, mas peço-lhe não se faça aflita, quando a sós conversa com seu velho, fitando-me o retrato, à frente de seus olhos ou por dentro de sua imaginação.

Não estaremos separados. Continue devotada aos nossos filhos e conte com Deus que não nos esquece.

Não chore e sim guarde a esperança na certeza de que nos reencontraremos mais tarde, quando as Leis Divinas nos concederem semelhante bênção. Aliás, devo dizer-lhe que mesmo em meu egoísmo de pai, corto os sonhos do esposo, rogando a Jesus conceder a você muito tempo na vida física, para que você possa auxiliar a todos os nossos com seu carinho e decisão.

Por hoje, não posso alongar-me. A todos os nossos, o meu abraço de muito carinho e para você, minha querida companheira de sempre, o coração do esposo e amigo de todas as horas, sempre mais reconhecido.


Hilton

14 de maio de 1979.


EGUNDA MENSAGEM


Querida Maroca, peço a Deus nos abençoe.

Tudo vai seguindo bem e agradeço a você quanto faz para nos ver felizes.

A sua moda de celebrar aniversários em casa de assistência, ao que admito, deve pegar. Lanches para os meninos de Trindade, lanches para os velhinhos do Solar em Goiânia, e assim você vai plantando alegria e esperança em nós que temos a sua presença na conta de uma benfeitora incansável. O Hílton Júnior agradece.

A desencarnação tem disso. Filho que nós vimos com a idade de menos de alguns poucos minutos de vida, vim encontrar aqui com quase trinta anos e na forma do rapaz com essa idade no mundo. O resto contarei depois.

Assisti ao casamento de nossa querida Marcília e envio a ela com palavras escritas os meus votos de felicidade.

Casamento é uma viagem com Deus. Assim, que Deus abençoe a nossa filha para que ela seja feliz.

Você, por vezes, me pergunta em oração por minha mãe Virgínia, por meu pai Manoel, por nosso irmão Gomes, por nosso pai Aleixo e por nossa mamãe Narcisa e, digo a você, que todos eles estão muito melhor do que nós.

Só não tenho notícias de nossa sobrinha adotiva Maria Aparecida, porque ela escolheu o portão do suicídio para vir até nós e esse portão é muito difícil de abrir caminho certo para quem delibera largar-se num caso desses. Não a vi, ainda, mas, se encontrá-la, trarei notícias.

Querida Maroca, peço a você para que se contente com estas notícias mixurucas e abrace o velho e companheiro, sempre seu,


Hílton

19 de fevereiro de 1982.



Maria Sebastiana Monteiro
Francisco Cândido Xavier


Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 7.
Para visualizar o capítulo 7 completo, clique no botão abaixo:

Ver 7 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?