Entre Irmãos de Outras Terras

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Capítulo XXVII

Abnegação dos heróis


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A conversação entre os amigos desencarnados que nos integram a equipe de viagem prosseguia, animada, ontem à noite, quando Luís Garcia, um amigo espiritual procedente da Espanha, falou, excitado:

— O que estraga o movimento espírita, no mundo inteiro, são os traidores da Doutrina, os mercadores da mediunidade, os leiloeiros de fenômenos, os caixeiros das trevas, fantasiados de Espíritos de luz…

Mas Pierre Bazin, um confrade francês, aproveitou as reticências e opinou:

— Caro Garcia, você está certo, certíssimo. Os que abusaram de faculdade e recursos sagrados, a detrimento do Espiritismo, nos fizeram e nos fazem ainda imenso mal; no entanto, você e nós não podemos esquecer os milhares de médiuns e companheiros outros de nossa Causa que triunfaram, brilhantemente, nos seus deveres, perante a Espiritualidade Maior — no último século, — o primeiro de nossas atividades. A sociedade humana não lhes enxergou o trabalho, o devotamento, a humildade, o sacrifício… Passaram, aos milhares, na arena física, criando condições favoráveis ao progresso, impedindo desastres morais, educando coletividades e erguendo corações para o futuro… Diante desses heróis anônimos, os vendilhões do templo são pequena minoria…

Bazin fixou-nos de significativa maneira, indagando em seguida:

— Sabem porquê?

E finalizou:

— Isso acontece, meus amigos, porque, de modo geral, o mundo é míope para ver a abnegação, mas tudo o que se relaciona com a traição atinge logo intensa publicidade, porque o mundo entende disso muito bem.




(Paris, França, 22, Julho, 1965.)

(Psicografado por Waldo Vieira.)



Hilário Silva
Francisco Cândido Xavier


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