Entre Irmãos de Outras Terras

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Capítulo XXXV

Pergunte a si mesmo


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Em que base devemos colocar o problema da morte?

Naturalmente, a morte não existe. A própria vida exige a morte como um renascimento; entre ambas, nossa consciência permanece.

Experiências vêm e experiências vão; nesse ínterim, a consciência prossegue. Consciência é Justiça Divina dentro de nós. Não se esqueça de que você vive sempre.

O Espírito deve ser visto pelo que é; portanto, ele somente pode prosseguir, no Além, no nível ao qual se ajustou. Atravessamos os portões da morte, para viver de novo. Como você sabe, encontramos aquilo que buscamos.

Você experimentará, mais tarde, a felicidade no Além, de acordo com os seus atos agora. Pense nisso. Faça de conta que você se encontra no seu próprio plano póstumo e examine bem suas obrigações antes de contraí-las.

Todas as manhãs, pergunte a si mesmo: “Que pretendo?” Primeiro de tudo, ouça a sua consciência; não faça rodeios. Todos nos devemos curvar diante da verdade.

Quando estiver errado, é melhor admitir os seus enganos, sem reservas, e repará-los daí em diante. Você é chamado ao sofrimento; não se engane a si mesmo, fugindo dele.

A educação, para a felicidade no Além, gira em torno das nossas aflições diárias. Você não pode produzir boas obras, sem esforço.

As dificuldades revelam-lhe o caráter. Se você prometer ajudar a alguém, faça-o agora. Se deseja progredir, não o deixe para amanhã. Faça-o hoje.

Sua origem é o céu e para lá você voltará, levando, na consciência, o fruto das suas obras. Antes de regressar ao Além, você deve purificar seu mundo interior. Acima de tudo, conserve uma boa consciência. O campo do pensamento é livre. Na verdade, você vive pelos atos e não pelos sonhos.

Onde está Deus, está a alegria, mas, onde está Deus, aí está também a responsabilidade. Empregue as faculdades que lhe foram emprestadas, em benefício de todos, pois, quando a morte chega, você terá tudo quanto deu aos outros. Aqui e acolá, que o amor de Deus possa ser visto por seu intermédio.


Ernest O’Brien

(Nova Iorque, N.I., EUA, 10, Julho, 1965.)

(Tradução de Hermínio Corrêa de Miranda.)


Ask yourself


On what basis shall we localize the problem of death? Of course, there is no death: Life itself demands death as a rebirth; between both, our conscience remains.

Experiences may come and experiences may go; in the meantime, conscience goes on. Conscience is Divine Justice within us. Do not forget you live always.

A Spirit must be seen for what he is; therefore he can only continue hereafter in the place for which he has adjusted himself. One goes through the gate of death to live again. As you know, one finds one seeks.

Later on you will receive happiness in the beyond according to your own deeds now. Think about this. Make believe you are in your own plain after death and look over your obligations before you contract them.

Each morning ask yourself: What am 1 looking for? First of all hear your conscience; do not beat about the bush. Each one of us must bow to the truth.

When you are wrong it is better to admit your mistakes without reservation and henceforward repair them. You are called upon to hurt yourself, but do not cheat yourself out of it.

Education for happiness in the beyond revolves about our daily troubles. You cannot achieve good works without effort.

Trials reveal character. If you promise to help someone, do it now. If you want improvement do not leave it for tomorrow. Do it today.

You are born from heaven and you will get back there carrying in your conscience the fruit of your works. Before you go back to the beyond you must cleanse your inner world. Above all keep a good conscience. The field of thought is free. Truly you live in acts and not dreams.

Where God is joy is, but where God is there is also responsibility. Use the gifts lent to you in the good of all, because when death arrives you have everything that you gave to others. Here and there may God’s love be seen through you.


Ernest O’Brien


(July 10, 1965, New York City, New York, U.S.A.)

(Psicografado em inglês por Waldo Vieira.)



Ernest O’Brien
Francisco Cândido Xavier


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