Escola no Além

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Capítulo IX

Assunto: reencarnação. O caso Verinha

Querida mãezinha Dorothy, desejo-lhe junto ao papai Antoninho e a todos os nossos, um Dia das Mães repleto de alegrias e flores de paz, incluindo a vovó nestes meus votos.

Para escrever a penúltima notícia do nosso Instituto passo a narrar-lhe o que aconteceu:


A felicidade de Heleninha recebendo a visita materna impressionou, construtivamente, todas as crianças.

O assunto da reencarnação acendeu diálogos novos. Em cada uma de nossas pupilas brilhava a ansiedade de falar no assunto, a fim de saber como seria o futuro de cada uma delas.

De que modo se processava a reencarnação?

Como poderia uma criança voltar à Vida Física na mesma família que deixara?

Os pais estariam em condições de reconhecer as filhas queridas?

Por que a reencarnação, se todos acreditavam no regresso à casa na posição em que estavam?

Por que a senhora mãe de Heleninha chorava tanto, ao invés de retomá-la nos braços e reconduzi-la à própria família?

Quem seria a próxima companheira a voltar para a convivência dos familiares queridos?


Esta pergunta última passou a interessar toda a nossa pequena comunidade e um dos Mentores de nossa casa informou que a pequena que estava próxima a regressar para o carinho dos pais seria Vera, uma pequena que, em nosso calendário, estava nos dois janeiros de idade.

Vera tornou-se o alvo de todas as atenções. Ela contava histórias da casa querida que a esperava. Falava com respeito aos pais amigos, com admiração e ternura.

A notícia era comentada com grande empolgação, quando um dos nossos supervisores encarregou a Lika e a mim para fazermos, na residência da Verinha, as investigações precisas para que ela se reinstalasse entre os parentes, mas, depois de respeitosa pesquisa, viemos a saber que a mãezinha dela, Dona Beatriz de Falco, não poderia acolhê-la, apesar das muitas saudades da filha que morava entre nós, na 5ida Espiritual, em vista de haver pedido uma cirurgia para desligamento definitivo das trompas, modificando o seu próprio campo genésico.

A filha que ela amava tanto não mais poderia se lhe acolher no coração.

Indagamos acerca de outras possibilidades, quando fomos em visita a uma tia de Vera, jovem senhora de vinte e seis primaveras e, tateando-lhe discretamente o íntimo, observamos que ela receberia uma nova criança com alegria.

Completamos as nossas anotações e voltamos ao Instituto com as informações. O supervisor que nos confiara a missão ouviu-nos com respeito e cientificou-nos de que nos cabia o dever de informar à criança que ela não poderia retornar ao convívio dos pais, alegando, de nossa parte, que Dona Beatriz trazia a saúde modificada e falamos à Vera, sobre a tia que lhe aguardava a chegada, de braços abertos.

A menina, porém, ao inteirar-se de que não poderia voltar à Terra com os mesmos pais que ela não esquecia, escutou o nosso relatório e passou a chorar convulsivamente.


Aí está, mãezinha Dorothy a nona fase de nossa história real e pretendemos, com a permissão de Jesus, promover o término de nosso trabalho, em nossa próxima reunião.

Envio muito carinho à Mônica e ao Júnior.

E, com as flores de minha ternura, despede-se aqui a sua filha do coração, que pertence a você e ao papai Antoninho, em nome de Deus, sempre a sua Claudinha.



COMENTÁRIOS


Sim, pode voltar porque assim Deus o permite. Importa se nós, pais, o permitirmos. Importa se estamos preparados para os ditames dos nossos próprios acertos. Importa, isto sim, sabermos que com Deus a nos amparar, não podemos fechar as portas para a vida. Na mensagem, Claudinha mostra muito bem o que é reencarnar. Preocupada, até temerosa, roga explicações para a tarefa de que fora investida, pois a criança Vera estava prestes a reencarnar no próprio lar a que pertencera. Sua mãe teria novamente a oportunidade de recebê-la em seus braços. Porém, nada disso pôde acontecer. As razões estão bem explicadas nas mensagens que seguem.

Claramente exposto o motivo, com certeza a visão sobre a vida e a responsabilidade sobre ela, pesará um pouco mais na consciência humana.



Cláudia Pinheiro Galasse
Francisco Cândido Xavier


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