Esperança e Luz

Versão para cópia
Capítulo XIX

Vida e amor


Temas Relacionados:

São dois corações fraternos

Que se fitam encantados,

Dizem amigos em torno

Que eles já são namorados.


Permutam palavras lindas

Trocam pétalas douradas,

Passeiam, todas as noites,

Beijando-se nas estradas.


Lembram fatos, contam casos

Da mais diversa expressão,

São felizes, a contento;

Anunciam-se em noivado

E combinam casamento.

O enlace foi realizado,

Segundo normas antigas,

Preces, doces e presentes,

Em meio a vozes amigas.


Junto agora sorriem

Resguardando a luz da paz,

Pois, fazem o que desejam

Buscando o que lhes apraz.


Findos porém, poucos meses

Chega o tempo do fastio,

Ela mostra a face triste,

Ele tem o olhar sombrio.


Quando ele chega, ela diz:

— Abre o teu rosto fechado!

Ele fala: — Se eu tivesse refletido,

Jamais teria casado.


E o casal vive em silêncio,

Sofrendo amarga tensão,

Ao invés de procurar

A própria conciliação.


Trocavam palavras feias

Arrufos, queixas, conflitos,

Quanto mais corria o tempo

Mostravam-se mais aflitos.


Queriam que o mundo fosse

Belo jardim, mas não é…

Declaravam-se quais ateus,

Entretanto resguardavam

Migalhas da própria fé.


Surgiu momento mais triste.

Alegou ele que o chefe Elias

Pediu-lhe abnegação

De viajar por três dias.

Era assunto do seu cargo!…

A esposa lançou protesto,

Mostrando um sorriso amargo.


Ele se ergueu e exclamou:

— Minha vida fez-se um osso,

Nisso uma serva avisou:

— Tudo pronto para o almoço.


Logo após, ele fez-se ausente

Para cumprir o dever.

A esposa recusou a despedida,

Não sabia o que fazer.


Depois da ausência, ei-lo de volta.

Entrou no quarto devagarinho,

No quarto notou a esposa

Vestindo um pequenininho…


Ao vê-lo exclamou, contente:

— Nasceu nosso filho amado…

Ele abraçou-a cortês.

Em seguida, pôs-se ao lado.


Contemplava o pequenino,

Como quem pensa e compara,

Que mostrou nos sinais dele,

A cópia da própria cara.


Disse alegre: — Minha flor,

Ele terá meu carinho,

Agora já temos em casa,

Nosso esperado filhinho!


Beijou a senhora em pranto,

Perdendo o jeito tristonho;

Unidos ante o recém-nato,

Fitando os mantos seus,

Abraçaram-se felizes,

Rendendo graças a Deus.


Contei esta história longa,

Em que o amor se descerra,

Para dizer que a família

É a Bênção Maior da Terra.


Primeiro veio a vontade

E a atração a se interpor;

Diz que acima da amizade

É que brilha a luz do amor.




(Versos recebidos em reunião pública do Grupo Espírita de Prece, em 14 de março de 1993, em Uberaba, Minas)

Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas foi publicada no Anuário Espírita de 1993 pelo IDE e é a 71ª lição do livro “”



Antenor Horta
Francisco Cândido Xavier


Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 19.
Para visualizar o capítulo 19 completo, clique no botão abaixo:

Ver 19 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?