Estrelas no Chão
Versão para cópiaCapítulo XXIV
História de dona Amélia
Conheci Dona Amélia na fazenda — Dona Amélia Maria Liberata — Linda e rica mulher, mas rude e ingrata, Sempre altiva, no estrado de ouro e renda. Deixava o pão mofando preso à lata E gritava: “Ninguém me desatenda”. Procurava conflitos de encomenda Para zurzir os servos na chibata… Mais tarde veio a morte… A nobre dama Padecia o remorso como a chama Quando o fogo se apega à carne nua. O tempo voa… E agora, reencarnada, Vejo-a sozinha, triste e desprezada, Esmolando socorro em cada rua. |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 16ª lição da 3ª Parte do livro “”
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