Estrelas no Chão

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Capítulo III

Excursão curativa


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Dizes-te triste e sem forças,

Em desânimo profundo,

Por bagatelas do mundo

Que somam inquietação!…

Sofreste vários reveses…

No tédio que te procura,

Trazes farpas de amargura

Gravadas no coração.


Deixa, porém, alma boa,

O fel que te desconsola,

Vem conosco à grande escola

Do amor unido a Jesus!…

Lerás, ao vivo, ainda hoje,

As laudas do desengano

Nas mágoas do hanseniano,

No cego que vai sem luz…


Sigamos. Neste barraco,

Pobre mulher se consome,

Deu aos filhinhos com fome

O pão que o lixo lhe deu…

Contempla os filhos que dormem,

E, ouvindo o clamor do vento,

Relembra, com desalento,

O esposo que faleceu!…


Mais adiante, eis um telheiro…

Sem que a penúria lhe importe

Um velhinho aguarda a morte,

Com sede, chamando alguém!…

Olha em vão a porta aberta,

Quer água fria do poço,

Chora, ao pensar que foi moço…

Não aparece ninguém!…


Visitemos os que moram

Sob pontes desprezadas,

Nota, ao longe, nas estradas

Doentes vagando ao léu!…

Alguns caem no caminho,

No mal-estar que os alcança,

Morrendo sem esperança,

Embora fitando o Céu!…


Alma querida, recorda

Os que vão de alma ferida,

São, entre as pedras da vida,

Nossos irmãos teus e meus!…

De volta ao teu lar feliz,

Que de flores se entretece,

Dirás, bendizendo em prece:

—“Muito obrigado, meu Deus!…”




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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