Falou e Disse

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Capítulo XV

Carta curta


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Cara, estamos aqui numa reunião em que se fala da necessidade das mãos de seda e de voz de veludo pra desembananar a vida e você me pede num bilhete uma receita pra não ter cólera.

Qual foi o irmão abelhudo que teria dito a você que sou médico? Nada disso. Até porque, quando larguei os breques, nem precisei de farmácia.

Mas não posso deixar você com grilo na cuca e aliviar a bana de um companheiro é transa para qualquer um.

Tirar de letra um remédio para suas frias não está em meu papo, mas conheço alguns macetes que vão aqui, a leite de pato.

Quando você estiver no ponto de ficar fulo, guenta as pontas e deixa no barato qualquer assunto de largar brasas. Em seguida, use as longarinas e tire uma palha.

Conheço muitos negócios que desbaratinam qualquer santo de Deus. Coisas de dendém, parente na gafieira, amigos na manguaça, milongas dos primos de cabeção, tijolo quente, taquaraço no tapete verde, presença de fratura exposta e sarrafos de salafra dão pra explodir qualquer pessoa que seja parente da bomba de estopim curto.

Quando você estiver nesses gangostirar umas pestanas. E, se você não puder acomodar a moringa no travesseiro, procure uma onda que dê pra você silêncio pra burro e faça as rezas que souber, pensando em Deus.

Assim a calma voltará sem gotas bravas e você não sentirá qualquer tentação de mandar pedra quente por cima de ninguém, porque a reza ensinará pra nós todos que a paz é muito melhor.

Quanto ao mais, tchau pra você, com votos de boa saúde pra que fique firme no seu dever, mandando o resto para as cucuias.




.: Para melhor compreensão de algumas expressões utilizadas pelo autor espiritual vide .



Augusto Cezar
Francisco Cândido Xavier


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