Capítulo XXXII

Liberdade e expiação


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Não descreias da liberdade de caminhar para o domínio da luz, através da escravidão aos teus próprios deveres, para que te não despenhes no cativeiro da sombra, através da intemperança dos próprios desejos.

Diariamente criamos destino, porquanto, em cada hora de luta, é possível renovar as causas a que se nos subordinam as circunstâncias da marcha.

Não te suponhas enleado ao mal de tal forma que não te possas desvencilhar dele.

Imaginemos a penitenciária, guardando vasta assembleia de reenducandos, todos eles com sentença lavrada nos tribunais humanos.

Embora igualmente determinados pela resolução da justiça, podem revelar, no recinto em que se vejam, procedimento diverso, atenuando o rigor da pena que lhe for cominada ou dilatando as culpas que lhes vergastam o espírito.

Aí dentro, vemos os rebelados que exigem trato mais complexo e mais austera vigília, os briosos e atentos que se equilibram, ante os imperativos da ordem, e os que, além da própria disciplina, procuram cooperar na harmonia do reduto de regeneração em que se congregam, seja afeiçoando-se ao trabalho, acima daquele que a emenda lhes estipula, demonstrando mais alto padrão de reajuste moral ou auxiliando aos companheiros de reclusão no difícil labor que lhes é devido.

Como vemos, ainda mesmo na grade das mais severas obrigações, pode a criatura melhorar ou agravar a própria situação, através das atitudes mais íntimas em que se caracteriza.

À vista disso, ainda mesmo enliçados nos mais ásperos empecilhos, aceitemos no bem a rota de cada dia, porque o bem é a lei do Universo, que nos alçará, por fim, o espírito endividado à grande libertação.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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