Fé e Vida

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Capítulo XXII

Palavra e vida


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Não desprimores, nem firas

O coração que te escuta,

Às vezes, em febre e luta,

Na provação em que jaz;

Pelo recurso da voz

Que instrui, conforta e elucida,

Deus te deu na luz da vida,

O dom de fazer a paz.


Quando falas e onde falas,

Traças caminho e normas

Pelas imagens que formas,

Nas palavras tais quais são;

Como dizes, no que digas,

Constróis jardins e moradas,

Emendas, pontes e escadas

De queda ou de elevação.


Se contratempos te afligem,

Entre lembranças que deixas,

Evita sombras e queixas,

Não menosprezes ninguém;

A ofensa que nos procura,

Mesmo de modo impreciso,

Dissolve-se, de improviso,

Na fonte viva do bem.


À frente de quem te humilha,

Não devolvas pedra e lama,

Cala, serve, ampara e ama

Na expressão que te traduz;

Eis que o Céu se manifesta

Na bondade que irradia…

Contempla o Sol, cada dia:

É bênção falando em luz.


Se a caridade te guia

Vencendo espinhos e males,

Não te revoltes, nem fales,

Agravando a treva e a dor;

Toda palavra de auxílio,

No bem espontâneo e puro,

É tijolo do futuro

Erguendo o Reino do Amor.




(Centro Espírita União, Rua dos Democráticos, 527, bairro do Jabaquara. São Paulo (SP), 2 de outubro de 1985)



Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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