Feliz Regresso
Versão para cópiaMaria Célia e Maria Helena Marcondes
Querida mãezinha, abençoa sua filha.
Maria Helena e eu desejávamos complementar com a nossa modesta colaboração a festa consagrada ao nosso irmão Augusto, a fim de falarmos em nossos aniversários.
Agradeço, eu mesma, os pensamentos de carinho com que me iluminaram o coração e as dádivas de amor que me proporcionaram, na pessoa de nossos pequeninos e de nossas irmãs que desde ontem acolhem as lembranças do nosso amigo aniversariante do dia 27.
Hoje, queremos, a irmã e eu, felicitá-la igualmente por seu dia 29, a data formosa em que os nossos corações, com o coração do papai, nos enfeitávamos com as flores da alegria. Parabéns, mãezinha querida! Deus a recompense com a felicidade que o seu carinho faz por merecer.
Hoje, estamos aqui todos juntos. Vovó Ester, papai, Maria Elisa e os meninos, agora homens feitos, e o Homerinho com a Já e o nosso Fernando interligados conosco pelos fios do pensamento. Pois hoje, mãezinha, venho pedir a você um presente diverso, contando a minha história.
Começarei por dizer que em meados deste século, peregrinava no Plano Espiritual, com cinco irmãos, junto dos quais era eu a irmã doente que eles suportavam. Lutas enormes de passado recente me haviam retirado os movimentos. Chorava com a minha inutilidade. Pedia em preces a Deus me suprimisse a condição inferior. Um dos irmãos, o mais forte de todos, quase que me carregava, sozinho, tão grande o amor com que me desejava o reequilíbrio espiritual. Percorremos longas extensões de Espaço, alimentando esperanças e sonhos. Queríamos um pouso. Precisava encontrar um refúgio em que me tratasse e os companheiros me auxiliavam. Benfeitores e amigos generosos nos visitavam na jornada em que as pausas periódicas para descanso se faziam precisas. Prometiam-nos apoio e doavam-nos recursos sempre renovados para que avançássemos algo mais…
Houve, um dia, mãezinha querida, em que chegamos a um local de grande encantamento e encontramos um tronco de luminosa beleza. Flores despontavam dele prometendo maravilhoso futuro. Sábio amigo da Vida Superior veio a nós e nos disse que vagueávamos nas imensidões da vida maior, à maneira de pássaros fatigados e infelizes. E aconselhou-nos uma parada. Seria aquele tronco robusto a morada de Deus para nós. Faríamos um ninho para viver e renovar-nos. Ficamos todos contentes. Entretanto, precisávamos de alguém que viesse a fim de amparar-nos na construção.
Esse mesmo sábio veio depois com uma jovem tão generosa e tão linda que, mesmo, sem ver-nos, de todo, encontrou-nos em sonho e decidiu socorrer-nos. Foi assim que esse iluminado coração de menina e moça começou a trabalhar, amparando-nos a todos. Primeiramente, recebeu a mim e ao irmão que me oferecia ombros fortes na caminhada para que nos detivéssemos, de modo a valorizar o tempo e a vida. Os outros igualmente foram acomodados por ela em ninhos formados com imenso amor.
Entretanto, mãezinha, cheguei primeiro aos braços da jovem querida por ser doente, conquanto escoltada pelo irmão que me protegia. O tronco me guardou carinhosamente e comecei a receber a dedicação da menina querida que me envolvia em ternura.
Creia que os sacrifícios dela foram feitos heroicos. Ela dedicou-se inteiramente ao ninho em que me achava. Sabendo que não me movia, era ela meus braços e minhas mãos. Porque eu nada pudesse falar, pela enfermidade que trazia, ela própria me contava lindas histórias, que eu ouvia em silêncio, dando a ela o sinal de que compreendia quanto me comunicava em seu amor.
Nunca mais essa jovem querida me abandonou. Saiu das festas em que fora rainha. Esqueceu as alegrias da juventude para ser minha proteção e minha própria vida. Nunca a vi irritar-se porque eu lhe exigisse o trabalho constante de uma enfermeira que nunca desanimasse.
Quando me via triste, na prisão de mim mesma, colocava-me em terraço para ver a Natureza de Deus e chamava-me “meu amor”. Por mais de vinte e três anos, não tive outra companheira melhor. Ela, a benfeitora, era meu regaço, minha oração, meu sentido de viver e minha bênção de cada dia.
Notava que todos os demais irmãos cresciam felizes e, no íntimo, sentia de todos eles uma profunda saudade com essa afeição de quem vive perto-longe… Ela, entretanto, conversava a sós comigo, qual se representasse eles todos. O tronco que Deus nos concedera por mansão de bondade e entendimento, deitava raízes de trabalho e produzia frutos de serviço cada vez mais preciosos para a nossa manutenção.
O tempo corria para os outros e para essa jovem querida e eu mesma, o relógio parecia caminhar devagarinho, mas tanto amor entre nós duas, no tronco maravilhoso, não nos dava tempo para registrar qualquer dor. Amparei-me a esse coração juvenil por longos dias, à maneira da hera numa planta de Deus que nunca se lastimou por suportar-me.
Até que, um dia, as forças da vida me trouxeram curada à Vida Maior, depois desse tratamento de amor, entre as paredes do lar. E por mais que esplendores de natureza cósmica me chamem a atenção, por mais tentadores os convites para seguir além, à busca de conhecimentos superiores, não mais pude esquecer a jovem abençoada que me acolheu e curou com bondade.
Essa jovem, mãezinha querida, é você mesma que tudo me deu de bom e belo sem que eu pudesse retribuir. E sei que a nossa separação se fez tão dolorosa para nós duas, que você adoeceu de saudade, enquanto me recolhia às preces incessantes, rogando a Deus lhe conservasse a saúde e a paz, a esperança e a alegria.
O irmão que me transportava é o nosso Homerinho que se nos converteu em amigo e apoio seguro.
O tronco admirável, em meu apólogo, é o papai que nos resguardou a todos nos braços — Maria Helena e os irmãos presentes eram os companheiros que a sua ternura abençoou igualmente.
Agora, mãezinha, a você que nos deu tanto, especialmente a mim que lhe absorvi o tempo, a vida, o sentimento e a alma, venho pedir pelo tronco amigo e generoso, cujas raízes estão algo doentes.
Não tenho outro anjo a que recorrer para sustentá-lo nas forças profundas. Papai reclama um tratamento que só você poderá patrocinar. E sou eu a única filha que lhe conhece todos os potenciais de carinho, capaz de entender a necessidade de semelhante assistência. Impossível que em mais de vinte e três anos de amparo constante, não pudesse auscultar-lhe os tesouros de amor e dedicação para julgá-la a pessoa que me pode atender.
Mãezinha, você que é tão compreensiva e tão boa, peça ao nosso Homerinho, que tanto me auxiliou, a revisar as energias do papai, de modo a restabelecê-las como se faz preciso.
Filhos não pedem perdão às mães porque se reconhecem automaticamente perdoados, ainda mesmo quando estejam em falta confessa. Por isso mesmo, esta é a mensagem dos nossos parabéns em seu natalício, com todo o amor de seus filhos em meu amor, pois rogo a todos eles em pensamento para que me subscrevam as felicitações desta noite.
Querida minha, minha querida mãe, receba com meu pai, com a vovó Esther e com todos os corações queridos, junto de nossa Maria Helena que faz também suas as minhas pobres palavras, todo o amor e todo o reconhecimento de sua filha, sempre sua,
Querida mãezinha, querido papai, amigos queridos. Deus, Nosso Pai de Infinita Bondade, nos abençoe e ilumine sempre.
Querida mamãe, papai querido, os dias correm, quando a alegria resplende sobre nossos caminhos, entretanto, quando a saudade se coloca de vigia, junto de nós, os momentos como que se imobilizam no relógio e o tempo se nos afigura uma afiada lâmina a nos retalhar o coração. Ainda assim, não desejo acentuar o sofrimento da separação e sim dizer-lhes de uma outra alegria que se esconde nas provações. A felicidade misteriosa de crer e amar, com a bênção de Deus, ainda mesmo que tempestades de pranto nos esmaguem a estrada com granizos da angústia.
Celebramos aqui um nascimento novo. É uma espécie de primavera que renasce do inverno, essa emoção, feita de júbilo e lágrimas, que sentimos. A morte é comparável ao frio que entorpece, no entanto, quem nos privará do Sol no amanhecer? Dessa alvorada nova que se nos represa dentro d’alma por chuva de esperança, venho eu para agradecer…
Compreendo, mãezinha, a sensação de quase luto que lhe tomou o espírito, desde os primeiros dias do mês que vamos terminando no calendário terrestre… E ainda hoje, às três da tarde, abracei-a com toda a minha ternura para que o momento de nossas lembranças entre as três e quatro horas, depois do meio-dia, não lhe causasse mais intensa dor…
Papai querido, não estranhe essa nossa vinculação. Não me admitam esquecida ou indiferente. As recordações do lar continuam sendo minhas. Não sei definir tudo o que sinto nas fibras mais íntimas do ser, mas desejo lembrar a imagem da roseira no solo com a rosa que se lhe arrancou à vida. Quem afirmará na Terra, que a flor arrebatada se desligou inteiramente do ninho verde em que foi nascida? Quem conseguirá contradizer no mundo a minha certeza de que um laço de perfume continua ligando a raiz no jardim e a roseira dilapidada com a flor que partiu? Nessa definição, estimaria confidenciar-lhes quanto amor prossegue a enovelar-nos uns aos outros.
Nossa querida Maria Célia, ao meu lado, repete o que digo e acrescenta: e os dias de comunhão na felicidade que ficaram na memória para sempre? E as vozes musicadas do recinto doméstico que se nos fixam nos recessos do sentimento? E as preces que foram pronunciadas com todo o calor de nossa fé buscando a nossa união com Deus? E as horas em que as lágrimas se misturavam com os sorrisos, testemunhando-nos a ternura? E os planos abençoados dos pais queridos, traçando-nos o futuro submetido aos desígnios de Deus? Quem, nas forças de nosso novo mundo, esquecerá as mãos que nos tocaram na despedida? Os beijos de amor imenso que mais se pareciam com asas de carinho, na ânsia de seguir-nos na 1mortalidade?
Nunca haverá separação entre os que se amam… Deus não nos criaria para que nos perdêssemos uns dos outros. Realmente, a viagem para a iluminação na 5ida Maior é uma escada de ascensão difícil. Não há subida sem esforço e suor. Por isso mesmo, nesta noite, renovo aos pais queridos aqueles agradecimentos que me penderam dos lábios, sem que a minha voz conseguisse enunciá-los.
Em vista disso, retorno à noite que ficou marcada no tempo, rememorando todos os detalhes do adeus que jamais será solidão e inclino-me perante a Divina Providência para expressar o meu reconhecimento pela família querida que me acolheu e que me ensinou a viver para ser melhor.
Mãezinha, papai, todos estão aqui nas imagens dos meus pensamentos reconhecidos. Homerinho, Maria Elisa, Marquinho, Marcelo, Marcos e também todos — todos aqueles corações queridos que palpitavam com os nossos…
É verdade que as circunstâncias não me permitiam colecionar todos os apontamentos daqueles instantes em que os Mensageiros de Jesus nos transportavam no próprio regaço para que a nossa fé não esmorecesse… Se os que ficam são amparados pelo bálsamo de mãos generosas e amigas, os que partem igualmente se reconhecem acobertados pela proteção de companheiros outros que lhes adormecem a sensibilidade para que a cirurgia espiritual se processe.
Digo assim, papai, porque efetivamente, a desvinculação, pela nossa retirada do campo físico, equivale a um serviço operatório dos mais decisivos. Não é apenas morrer, segundo os conceitos antigos para ocasiões como a que relembramos. É preciso cortar os fios sutis da alma, parti-los, reacomodá-los em novas dimensões, desligar os pensamentos, transferir as emoções e desfocar as esperanças que nos mantinham a existência.
Aquela tarde de 28 e a noite com o dia 29 foram para mim semelhantes a uma internação em câmara de tratamento intensivo, em que me via tranquilizada imaginariamente por métodos compulsivos da medicina espiritual, de modo a resistir e dormir, vigiar e esquecer — numa espécie de conjugação desses verbos todos ao mesmo tempo…
Contudo, naquelas horas em que lutava para me desfazer do casulo físico, a mente se me debatia, trazendo-me a vida toda, embora curta, em estranho retrospecto…
E no centro de todas as sensações, querida mãezinha, estavam a sua ternura e a ternura de meu pai, a luta dos irmãos queridos para aceitarem o imprevisto, a mágoa sincera do nosso Toninho, as preocupações da mãezinha Ita e todas as criaturas queridas a me povoarem a imaginação, como a me segurarem no Plano terrestre, com o sublimado peso do amor que nos enlaça uns aos outros, até que os benfeitores da nova estrada me anularam a consciência da própria identidade, com ingredientes semelhantes à anestesia que se administra no mundo aos pacientes em perigo…
Depois, foi o que sabemos: a vida diferente que me aguardava e o amor invariável que remanescia em mim, após a tormenta de ansiedades e lágrimas, com que me reconquistava na posição de filha e de irmã como sempre, a fim de aprender a amá-los cada vez mais.
Dois anos ainda não são mil dias e minhas experiências se reconstituem, à procura de níveis mais altos. Isso não significa que me elevei ou que me elevo, à distância dos entes queridos. Sou sempre eu mesma, desejando melhorar-me para ser a companheira mais útil.
Em razão disso, peço-lhes para que aceitemos, na prece, a transformação de tudo o que venha a ser sofrimento em nós na alegria que Deus nos permite usufruir no reencontro.
Aqui comigo estão, além de nossa querida Maria Célia, outras afeições inesquecíveis. Vovô Stamato e vovô Caetano se reúnem a outros amigos que nos compartilham as orações. Vovô Homero comparece à nossa festa de corações com o Capitão Joaquim de Mello Freire, o Capitão Paulino Freire, o Dr. Deodato Wertheimer, o professor Avelino Borges, as irmãs Placidina e Ana Moura e o Padre José, de nossa querida Santa Isabel como nos meus primeiros dias de Espiritualidade, nos visita com a Tia Sinhá para recordarmos as nossas orações do princípio.
Vovô Homero traz ainda um amigo que nos diz ter vindo para cá, antes do nascimento do papai, nesta nossa vida de agora e informa haver desencarnado em Mogi, no dia 5 de agosto de 1921, justamente um ano “antes do papai renascer”, acentua meu avô Homero que informa haver trazido até nós esse companheiro, por tratar-se de um amigo de Mogi das Cruzes, com quem conseguiu palestrar diversas vezes sobre assuntos da alma. Esse amigo é o irmão Salvador Lima Cabral.
Vovô Stamato se faz acompanhar de um amigo que prezava muito na Terra e de quem é um irmão na Espiritualidade, o irmão José Garcia. E ainda uma senhora, irmã nossa de Bebedouro, muito amiga de nossos familiares, veio com o vovô Vicente e se faz conhecer por irmã Ana Cezária Pimenta.
Maria Célia trouxe amigas outras. E do nosso novo núcleo de Amor do Lar do Amor Cristão, temos a nossa irmã Pia, os nossos amigos Augusto Cezar, Oscarzinho, Lenise, Volquimar e tantas outras afeições que hoje reconheço por laços sublimes que nos interligam a todos entre a Terra e os Céus.
Cito nomes pelo prazer de identificar tanta gente boa, de modo a podar, em amigos e parentes nossos, a ideia de que a morte do corpo é apenas um recanto de cinzas em que o melhor da vida seria capaz de desaparecer.
Falo em tudo isso como quem canta uma vitória que vem de Deus para cada um de nós, a vitória sobre todas as aflições e tristezas que nos pareciam irremediáveis quando o relógio das mudanças de Deus nos assinala o momento de partir, mas nunca de partir para sempre. Estamos juntos, afirmaremos esta verdade, quantas vezes se nos façam necessárias. E juntos caminharemos para diante, unindo-nos em Deus para que a nossa família se faça cada vez maior.
Papai querido e querida mãezinha, estamos gratas, Maria Célia e eu, por tudo quanto fazem mentalizando-nos no amor que transmitem aos nossos irmãos de jornada evolutiva. Esses cobertores que ofertam aos irmãos expostos ao frio, nos aquecem de milagroso calor e esses recursos com que procuram melhorar a alimentação de tantos companheiros no mundo, nos atingem por energias nutrientes que nos conferem mais amplo equilíbrio na 5ida Espiritual. Um dia, disse Jesus: — “e todo o bem que fizerdes a um desses meus pequeninos é a mim mesmo que o fizestes.” (Mt
Peço abraçarem por mim ao trio querido, Homerinho, Jacinta e Fernando Luiz.
Mãezinha, já que nos referimos ao segundo aniversário de meu renascimento, no regresso para o nosso Lar Maior, agradeça por mim à querida Já o carinho com que nos recebeu em Santos, após um mês sobre a minha viagem de volta, quando, em plena consciência, pude acompanhar toda a querida família, no ofício religioso celebrado em meu favor. Achava-me com tia Sinhá na cerimônia e chorei muito, mas chorei de alegria, por saber que a morte violenta não nos arredara um milímetro da fé cristã. Graças a Deus!
Quando estiverem com o nosso querido Toninho, peço-lhes digam a ele que estou satisfeita, anotando-lhe o esforço para viver e retornar às aspirações do rapaz nobre e abnegado que ele é.
Mãezinha, assim como sucede ao seu coração que deseja a felicidade dos filhos, também eu aspiro a ver o nosso Toninho plenamente feliz. O amor nunca se extingue. Nosso coração é uma concha milagrosa no íntimo da qual todos os nossos impulsos podem ser sublimados. Toninho será feliz. Jesus o abençoará. E creiam que estou contente, porque, nos recantos inacessíveis do espírito, ele sabe que continuo existindo, amando-o, sem qualquer exigência. A felicidade que se dá é a felicidade que se tem. Vou aprendendo novas lições e agradecendo a Jesus por entender e aceitar a esperança por luz que força alguma consegue apagar.
Queridos meus, a noite avança. Perdoem-me se falei tanto, escrevendo tanto… Nossos amigos aqui me deram tempo sem determinação de limite e creio que abusei. No entanto, o amor quando se extravasa em saudade e alegria, fé e carinho, de nosso lado para o lado físico da vida na Terra, ao que me parece, é uma força buscando inconcebível expansão.
Papai querido e querida mãezinha, Maria Célia e eu solicitamos para que nos abençoem.
Agradecemos às queridas amigas Yolanda, Acácia e Aracy, tanto quanto às afeições abençoadas que nos compartilham a vida neste recinto de paz e amor, por todo o apoio que nos proporcionam. Se eu pudesse faria chover rosas sobre todos. Fica a intenção que Jesus materializará em forma de alegria e bom ânimo para todos os corações queridos que nos partilham as emoções desta noite.
Querida mãezinha, fique tranquila e contente.
Querido papai, ame-nos sempre e conserve a sua paciência conosco. O senhor é nosso tesouro e queremos também ser a sua riqueza.
Pais queridos, este é igualmente um grande e inolvidável minuto. Deixar o lápis não será parecido hoje com aquela hora de deixar o corpo? No entanto, entre nós está Jesus que nos prometeu abençoar-nos até o fim dos séculos. (Mt
Mãezinha querida e querido paizinho, aqui o ponto final, quer dizer — “até sempre”.
Mil beijos da filha reconhecida que os reúne no mesmo abraço de coração para coração.
COMENTÁRIOS
As mensagens das irmãs Maria Célia e Maria Helena, descritas como uma constelação, brilham na essência e abrem caminhos no vácuo da incerteza.
Interpretam, amam e contracenam no palco da vida com encarnados e desencarnados, discorrem os fatos e acontecidos, incentivam, desejam e informam.
Dessas informações, uma dispensaria qualquer demonstração. Na evidência do fato, citado por Maria Helena, é de vital importância a publicação da certidão de óbito de Salvador Lima Cabral, pelo valor da pesquisa que a família empreendeu em buscar essa verdade.
Neste volume encontra-se a cópia do referido documento, [à pág. 19 do livro impresso] que confirma nome, local e data da desencarnação. Essa pessoa foi conhecida somente por seu avô Homero.
PESSOAS E FATOS
Maria Célia Marcondes — Nascimento: 27.9.1951. Desencarnação: 29.4.1975. Maria Célia, nasceu e viveu com grande deficiência física, nunca tendo conseguido se locomover e nem se expressar verbalmente ou fazer uso das mãos pela completa ausência do tato.
Maria Helena Marcondes — Nascimento: 26.4.1954. Desencarnação: 28.6.1976. Maria Helena, desencarnou em acidente automobilístico, na autoestrada Moji-Dutra.
Pais: Dioscórides Marcondes dos Santos Freire e Maria José Caetano Marcondes — Av. República, 383. Santa Isabel — SP.
Irmãos: Homerinho, Maria Eliza, Marcelo e Marcos.
Vovô (Vicente) Caetano, bisavô materno, desencarnado há quase 65 anos, Bebedouro-SP.
Vovô Stamato. Avô materno. Desencarnado há quase 60 anos, em Bebedouro-SP.
Vovô Homero. Avô paterno, desencarnado em Guaratinguetá. Marquinho (Marco Aurélio) primo, irmão de criação.
Tia Sinhá — Tia-avó paterna, desencarnada há mais ou menos 30 anos a quem a mãe das irmãs Marcondes não conheceu.
Toninho — Na ocasião da desencarnação era namorado de Maria Helena.
Capitão Joaquim de Mello Freire; Capitão Paulino Freire; Dr. Deodato Wertheimer, professor Avelino Borges, as irmãs Placidina e Ana Moura, ilustres personagens da cidade de Moji das Cruzes. Desencarnados há vários anos. Dessas pessoas, somente o Dr. Deodato Wertheimer e o Capitão Joaquim de Mello Freire foram conhecidos por seu pai. As demais, somente os avós e parentes idosos é que as conheceram.
Padre José — Muito querido em Santa Isabel, desencarnou quando Maria Helena contava com poucos anos de vida.
José Garcia — Amigo do Avô Stamato, um dos iniciadores do Espiritismo em Bebedouro, SP. Desencarnou há dezenas de anos.
Ana Cezária Pimenta — Pessoa de destaque na cidade de Bebedouro. Conhecida apenas pelos bisavôs e parentes mais idosos.
Lar do Amor Cristão — Entidade filantrópica de amparo à criança, em São Paulo.
Irmã Pia — Pia Passini Maciel, fundadora do Lar do Amor Cristão.
Augusto Cezar; Oscarzinho; Lenise e Volquimar, jovens desencarnados, amigos espirituais.
Jacinta e Fernando Luiz, cunhada e sobrinho.
Já — apelido de Jacinta.
Yolanda — Pessoa amiga, mãe de Augusto Cezar.
Acácia — Filha de Pia Passini Maciel, pessoa amiga, diretora do Lar do Amor Cristão.
Aracy — Pessoa amiga.
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Mateus 25:40
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
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Mateus 28:20
Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.
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