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Capítulo XIV

Virtude sobre virtude


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… E o mentor amigo nos contou com alegria e espontaneidade.

Tendo Jesus terminado uma de suas preleções, ao entardecer, junto às águas do lago, entrou em conversação com os discípulos, perguntando a eles qual seria a virtude que avançasse além dela própria.

— É a paciência… — replicou Bartolomeu.

E o diálogo prosseguiu.

— Bartolomeu — elucidou o Divino Mestre — a paciência é íntegra. Não se elastece.

— É o amor ao próximo — aventou Simão Pedro.

— O amor ao próximo é um dever inarredável. Não se modifica.

— É o espírito de serviço — aventurou Mateus.

Jesus sorriu e explicou:

Entretanto, o espírito de serviço, expressando boa vontade e benevolência, é uma obrigação que não se altera.

— É o perdão das ofensas — disse João, acanhado.

— João, já aprendemos que o perdão das ofensas deve ser repetido setenta e sete vezes.

— É a fé — adiantou Tiago.

A fé, porém, é um estado de sublimação da alma que não se desloca.

— É a brandura no trato com os nossos semelhantes — sugeriu André com timidez.

— A brandura pra nós, no entanto, é uma atitude compulsória.

O silêncio caiu sobre a turma, qual se os acompanhantes do Mestre estivessem confessando a própria impossibilidade para formular uma resposta à altura da indagação.

Depois de alguns minutos de expectação, o Cristo lançou compassivo olhar sobre os presentes e rematou:

— Meus amigos, a virtude que se desdobra além de si mesma será sempre o ato de perdoar aos bons, quando os bons aceitam a infelicidade de errar…




Augusto Cezar
Francisco Cândido Xavier


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