Fulgor no Entardecer
Versão para cópiaDesencarnações prematuras
Ocorrência lamentável A de Odorico Monteiro: Encontrou morte instantânea Ao cair de um pequizeiro. Láu, caçador adestrado Achava tatus de sobra, Desceu a mão num buraco, Saiu picado de cobra. Num quarto andar, João fazia Gracinhas à namorada… Nisso, de grande janela Projetou-se na calçada. Ana morreu num bueiro No Roçado da Tutoia; Corria atrás da galinha Que engolira certa joia. Foi um fato dos mais tristes Que arrasou Camilo Cravo, Faleceu aos vinte anos Montando num potro bravo. Num concurso de comidas, Finou-se Adão Camainha Depois de comer sem pausa Vinte latas de sardinha. Em matéria de concurso, Lembro Antônio Vilaça: Caiu morto, após beber Oito litros de cachaça. Antônio e Alírio Fulgêncio, Herdeiros do pai Adão, Por vagas questões de herança, Mataram-se sendo irmãos. Muita gente fala em karma A impor-nos os resultados De nossos próprios delitos Em duros tempos passados… Karma é a lei de causa e efeito, De milênios a minutos, Mostrando que os nossos atos São plantas trazendo frutos. Mas, os casos que contamos Não pedem muita ciência… Muitas mortes prematuras São do karma da imprudência. |
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