Mentores e Seareiros

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Capítulo VII

Quando em prece


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Diante do Senhor, a quem endereçamos a nossa rogativa, comumente esquecemos os nossos próprios débitos.

Laços inferiores que ainda nos escravizam e faltas clamorosas de nossa irreflexão, jazem por nós ocultos em largo esquecimento, porquanto, para nós, somente a necessidade que nos fere ou atormenta, é assunto especial para a nossa oração.

E a Bondade Divina, transbordante de amor, não nos cobra tributos de aflição ou pesar para atender-nos, célere.

Com a força do silêncio e a bênção do perdão, erguemo-nos para a luz.

Assim também, desculpa, ampla e infinitamente, quantos te laceraram aspirações e sonhos e auxilia quanto possas aos que desajudaram teu caminho ainda em sombra…

Não dirijas ao Céu a súplica da fé, mantendo o rancor no cálice do espírito, porque, a Luz do Senhor em te buscando a prece, encontrará cerrada por algemas de treva a porta de teu peito, de que o ódio voraz se faz guarida feroz.

Pede auxiliando e amando, estendendo sem peias o melhor sentimento que te flui da esperança, porquanto, obedecendo aos ditames do bem, puro e incomensurável, os rogos de tua alma entrarão sublimados na faixa luminosa da resposta de Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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